Percorrer por autor "Pinto, Ricardo José Martins, orient."
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Item Efeitos dos traços de personalidade na vulnerabilidade ao desenvolvimento da Perturbação de Stress Pós-Traumático em profissionais de emergência médica(2023) Costa, Patricia Daniela Ribeiro da; Pinto, Ricardo José Martins, orient.O estudo pretende verificar as possíveis associações dos domínios da personalidade no desenvolvimento da sintomatologia da Perturbação de Stress Pós-Traumático (PTSD) em profissionais de emergência médica. O objetivo primordial é assinalar algumas características individuais preditivas e potencializadoras do desenvolvimento da Perturbação de Stress Pós-Traumático. Método: O presente estudo recorre ao contexto de realidade virtual e ao preenchimento de questionários para avaliação das variáveis utilizadas. A amostra incluiu 77 profissionais de emergência médica, dos quais 51 (66%) são homens e 26 (33.8%) são mulheres, com idades compreendidas entre os 19 e 70 anos , de 5 quarteis de bombeiros e 1 da Cruz, da zona norte de Portugal. As medidas utilizadas neste estudo serão um Questionário sociodemográfico, o Posttraumatic Stress Disorder Checklist for DSM‐5 (PCL‐5), Inventário de Personalidade – NEO-FFI de Lima & Simões (1997;2006), composto por 60 itens para avaliação dos traços de personalidade. Resultados: Analisando à luz da teoria dos Cinco Traços de Personalidade, verificou-se que de entre todos os traços, o Neuroticismo funciona como um preditor para o desenvolvimento de sintomatologia de PTSD. Verificou-se ainda que os restantes traços que compõem a personalidade não apresentam relação positiva nem negativa com a sintomatologia da PTSD. Conclusões: As implicações práticas deste estudo, passam pelo contributo para a implementação de estratégias de prevenção e intervenção, ao nível da personalidade, visto que se constitui como um fator de vulnerabilidade para o desenvolvimento da Perturbação de Stress Pós-traumático nos profissionais de emergência médica. Palavras-chave: Perturbação de Stress Pós-traumático; realidade virtual; Traços de personalidade; profissionais de emergência médicaItem Fatores de risco para infeção por Covid-19, paradigma realidade virtual(2023) Guerra, Pedro António Da Cruz; Pinto, Ricardo José Martins, orient.Em dezembro de 2019 foi descoberto uma nova estirpe do coronavírus, em Wuhan, na China, o COVID-19. As medidas de distanciamento e confinamento social trouxeram consequências enormes na sociedade, fazendo com que governos ao redor do mundo tomassem medidas para que as populações não incorressem em comportamentos de risco de forma a travar a propagação da doença. No entanto, e apesar de todas as consequências derivadas da pandemia, muitos indivíduos continuaram a incorrer em comportamentos de risco, fazendo com que a doença se disseminasse muito facilmente, sendo, deste modo relevante, compreender o porquê desta tendência comportamental. Um dos fatores que influenciam o modo como os indivíduos se comportam é a regulação emocional, tendo como base experiências anteriores e a situação vivida atualmente. Deste modo traçou-se a seguinte pergunta de investigação: De que modo a regulação emocional influência os fatores de risco associados à Covid-19? Para dar resposta a esta questão desenvolveu-se um estudo baseado no paradigma quantitativo da investigação, aplicando-se um questionário a uma amostra de 118 indivíduos com idades compreendidas entre os 17 e os 55 anos. Os resultados mostraram que, níveis mais elevados de medo parecem interferir com algumas subescalas da regulação emocional de forma negativa; ou pelo sentido inverso, indivíduos com menos competências de regulação emocional poderão ter mais medo ao Covid-19. A idade e o género são dois fatores sociodemográficos que influenciam amplamente o modo como os indivíduos regulam as suas emoções e, consequentemente, a tendência para a adoção de comportamentos de risco relativamente Covid-19. Quanto mais novos os indivíduos são, menos clareza têm acerca dos riscos associados à disseminação da doença assim como apresentam dificuldades em definir objetivos e agir segundo estes. O sexo feminino foi associado com a dificuldade de agir por objetivos, com a falta de clareza assim como, com o medo do covid-19. Palavras-chave: Covid-19; Comportamentos de Risco; Regulação Emocional; Realidade VirtualItem Impacto adverso de perdas e separações traumática em adolescentes(2022) Neves, Inês Catarina Lixa; Pinto, Ricardo José Martins, orient.O presente estudo, em que participaram adolescentes com história de perdas e separações traumáticas, teve como objetivo avaliar se estas separações/perdas traumáticas estão associadas a sintomatologia de PTSD, problemas comportamentais e emocionais assim como avaliar de que forma jovens que têm na sua experiência de vida perda ou separação traumáticas de cuidadores primários apresentam mais sintomatologia traumática quando comparados com jovens que têm na sua experiência de vida perdas ou separação traumáticas de outros significativos. Método: A amostra foi constituída por 404 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos (M= 15.74; DP=1.21), sendo que 241 eram do sexo feminino (59.7%) e 163 do sexo masculino (40.3%). Para além disso, 275 (68.1%) foram avaliados em contexto de Escola Profissional (EP), 27 (6.7%) em contexto de Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) e 102 (25.2%) em instituição/ casa de acolhimento (IA). Resultados: Os testes t-student revelaram que os adolescentes que relataram perda traumática de outros significativos e separação traumática de outros significativos foram os que apresentaram médias significativamente superiores de sintomatologia de PTSD, problemas comportamentais e emocionais, comparativamente aos adolescentes que não relataram perda ou separação traumáticas. As ANOVAS, na comparação entre adolescentes que relataram perdas de outros significativos com os adolescentes que não tiveram qualquer perda traumática apresentaram médias significativamente superiores de sintomatologia PTSD. Na comparação entre os adolescentes que relataram apenas perda de outras pessoas significativas, com os adolescentes que relataram ambas as perdas, apresentaram médias significativamente superiores de problemas emocionais e comportamentais, quando comparados com jovens que não relataram qualquer perda, ou relataram apenas a perda de cuidadores primários. Conclusões: A nível de implicações práticas, o estudo sugere que perda ou separação, de cuidadores primários e/ou de outros significativos, tem um impacto na saúde mental dos jovens. Sugere-se ainda o investimento em programas de intervenção que tenham como objetivo diminuir o impacto destas experiências traumáticas nos jovens, nomeadamente o desenvolvimento de sintomatologia PTSD e problemas comportamentais/emocionais.Item O papel da PSPT e da regulação emocional na tomada decisão em profissionais de emergência médica durante uma simulação virtual de uma emergência médica crítica(2023) Santos, Leandra Mesquita dos; Pinto, Ricardo José Martins, orient.Este estudo teve como principal objetivo avaliar a regulação emocional e sintomas de perturbação de estresse pós-traumático (PSPT) em profissionais de serviços de emergência médica e examinar a relação com a tomada de decisão numa situação de emergência médica, simulada através da realidade virtual (RV). Método: A amostra incluiu 77 participantes, 26 (33.8%) do sexo feminino e 51 (66.2%) do sexo masculino com idades compreendias entre os 19 e os 70 anos (M = 36, DP = 1.42). No que concerne aos anos de serviços, o mínimo era 0 e o máximo 42 (M = 15, DP = 1.4). No que concerne às medidas, foram utilizadas o Questionário sociodemográfico, a Escala de Dificuldades de Regulação Emocional, o Posttraumatic Stress Disorder Checklist for DSM‐5 (PCL‐5). Resultados: Depois de ajustadas a idade, sexo e grau de escolaridade, a regulação emocional, β = -.36, t = -2.07, p = .042, 95% IC [-2.85, -.05], e PSPT score total, β = .46, t = 2.70, p = .009, 95% IC [.78, 5.17] foram preditores estatisticamente significativos da variável predita (tomada de decisão). Ou seja, níveis mais altos de sintomas de PSPT e níveis mais baixos de regulação emocional foram preditores de tempos de reação mais elevados para tomar a decisão certa. No entanto, a regulação emocional não se revelou uma variável mediadora na relação entre a PSPT e o tempo de resposta certa (i.e. tomada decisão). Conclusões: Este estudo sugere a necessidade de se fazerem rastreios de PSPT entre profissionais de emergência médica, uma vez que esta não tem apenas implicações para a saúde mental do sujeito, mas também parece interferir no funcionamento enquanto este se encontra numa situação de emergência médica. A realidade virtual poderá contribuir para o desenvolvimento de formações que possam ser incorporadas no treino destes profissionais. Palavras-chave: PSPT, Realidade Virtual, Regulação Emocional, Socorristas, Tomada Decisão.Item Perceções sobre acontecimentos traumáticos em profissionais de emergência médica : um estudo qualitativo(2022) Teixeira, Céline Elisabeth da Silva; Pinto, Ricardo José Martins, orient.Os acontecimentos traumáticos são mais prevalentes em grupos específicos da comunidade como profissionais de emergência médica e de segurança pública. A exposição frequente e prolongada a acontecimentos traumáticos por parte destes profissionais, leva a que estes pertençam a um grupo de risco para o desenvolvimento de perturbação de stress pós-traumático (PTSD). Este estudo é de carácter exploratório e tem como objetivo explorar, através de entrevistas semi-estruturadas, as perceções/significados de quais poderão ser os cenários mais traumáticos para profissionais de saúde e/ou de segurança pública. Neste estudo participaram 23 profissionais de emergência médica e de segurança pública pertencentes aos Bombeiros (n=14), da Cruz Vermelha Portuguesa (n=5), do INEM (n=1), da PSP (n=2) e da GNR (n=1). Foi realizada uma análise qualitativa indutiva, baseada na metodologia de análise de conteúdo de Bardin (2016), direcionada a compreender, descrever, explicar e aprofundar através da análise das experiências individuais dos participantes os objetivos em estudo. Os cenários percebidos como mais traumáticos numa situação de emergência para os participantes são os “socorros que envolvam crianças”, “acidentes”, “morte”, “socorro a pessoas conhecidas”, “incêndios”, “perceção de vida em risco” e “violência doméstica e violações”. As características que tornam esses cenários mais traumáticos são a “impotência” e a “presença de muitas pessoas ao redor do socorro”. O facto de existirem poucos estudos na literatura, principalmente recentes, sobre as temáticas abordadas ao longo deste estudo tornou este mais vantajoso uma vez que aborda dados pouco explorados. Seria pertinente realizar um estudo longitudinal com uma amostra mais alargada, que recolhesse informação de diferentes zonas do país, aferindo que acontecimentos são mais traumáticos e quais as suas características. Seria também interessante complementar esta informação através da implementação de escalas de avaliação de vivencias traumáticas. Uma vez que nenhum dos participantes deste estudo afirmou ter consequências na sua vida normal quando apresentado com gatilhos que os fazem recordar situações de emergência médica, seria interessante uma investigação mais aprofundada para perceber se estes não sentem mesmo implicações no seu dia-a-dia, ou se estes gatilhos implicam o seu dia-a-dia sem estes se aperceberem.Item Relação entre as experiências adversas na infância e a qualidade de vida(2023) Fonseca, Helena Isabel Soares da; Pinto, Ricardo José Martins, orient.Objetivos: Existe muita literatura acerca de experiências adversas na infância (EAI) e as consequências físicas e psicológicas, mas a maior parte da evidência tem sido obtida em amostras com adultos. Escasseiam estudos com amostras de adolescentes e que tenham estudado a qualidade de vida. Nesse sentido, este estudo procurou avaliar 10 EAI, e explorar a relação de cada uma na qualidade de vida. Método: A amostra foi composta por 189 participantes, com uma média de 16 anos de idade (DP = 1.23), variando entre os 13 e os 18 anos. Relativamente ao sexo, 95 era do sexo feminino e 94 era do sexo masculino. Resultados: De modo a perceber quais as experiências adversas que eram correlacionadas com a qualidade de vida, recorreu-se à utilização do programa SPSS, versão 28, em que os resultados demonstraram que das 10 EAI, apenas cinco foram estatisticamente significativas: abuso emocional (r = .36, p = .036), abuso sexual (r = .247, p < .002), negligência emocional (r = .251, p < .002), violência doméstica (r = .205, p < .001) e perturbação mental ou suicídio de familiares a viver com o adolescente (r=.282, p < .001). Através da análise de regressão, que incluiu estas 5 EAI como preditores, os resultados demonstraram que apenas a Perturbação Mental ou Suicídio no Ambiente Familiar foi preditor da qualidade de vida, ou seja, a pontuação nesta adversidade foi associada a menor qualidade de vida (β = .247, t = 3.247 = 7.129). Conclusões: O estudo permitiu identificar que existe uma relação entre as experiências adversas na infância e a qualidade de vida em adolescentes. São discutidas as implicações da relação entre a perturbação mental ou suicídio de familiares a viver com o adolescente com a qualidade de vida, sugerindo-se algumas medidas de atuação para profissionais que trabalham em justiça juvenil e proteção de crianças e jovens. Palavras-Chave: adolescentes; adversidade; qualidade de vidaItem Relação entre experiências adversas na infância e abuso de substâncias(2023) Sousa, Sara Catarina Ribeiro de; Pinto, Ricardo José Martins, orient.Objetivo: Este estudo investigou a relação entre as experiências adversas na infância (EAI) e comportamentos de risco, mais especificamente no abuso de substâncias em adolescentes. A maior parte da evidência desta relação baseou-se em amostras de adultos e da comunidade, pelo que o presente estudo teve como novidade a utilização de uma amostra de adolescentes com história de EAI. Método: A amostra deste estudo foi composta por 189 participantes, a média foi de 16 anos (DP=1.23), variando entre os 13 e os 18 anos. Relativamente ao sexo dos participantes, 95 eram do sexo feminino e 94 do sexo masculino. Resultados: De maneira a entender que experiências adversas eram correlacionadas com o abuso de substâncias, recorreu-se ao programa SPSS e os resultados demonstraram que das 10 adversidades, apenas 7 foram associadas à variável predita (abuso de substâncias): Abuso emocional (r=.277 , p<.001), abuso físico (r=.293 , p<.001), abuso sexual (r=.224 , p<.002), negligência física (r=.227 , p<.002) negligência emocional (r=.161 , p<.028), abuso de substâncias no ambiente familiar (r=.281 , p<.001) e perturbação mental ou suicídio no ambiente familiar (r=.151 , p<.039). Estas 7 adversidades foram incluídas numa análise de regressão, tendo sido apenas a negligência física o único preditor estatisticamente significativo (β=.153, t(2.097 )= 1.128). Conclusões: Embora a maior parte das EAI estejam correlacionadas com o consumo de substâncias, os profissionais que trabalham na Justiça Juvenil e proteção de crianças e jovens devem estar atentos à negligência física como um fator de risco para o consumo de substâncias. Por conseguinte, para além de identificar e intervir na negligência física, estes profissionais devem procurar intervir nas crenças que poderão surgir em consequência, nomeadamente ao nível da autoestima e autoconceito. Embora estas variáveis não tenham sido avaliadas neste estudo, a discussão avança para a hipótese que poderão ser os mecanismos para explicar a relação entre as EAI e o abuso de substâncias na adolescência. São sugeridos futuros estudos para testar esta hipótese.Item Relação entre experiências adversas na infância e suporte social(2023) Moreira, Jéssica Filipa Freitas; Pinto, Ricardo José Martins, orient.Objetivos: As experiências adversas na infância (EAI) podem ter efeitos negativos duradouros na saúde e no bem-estar dos indivíduos. O suporte social tem sido consistentemente apontado como um fator de proteção, com o potencial de melhorar o bem-estar e amortecer o impacto de situações stressantes e dificuldades da vida. Contudo, pouco se sabe sobre a satisfação do suporte social em amostras de crianças e jovens em perigo. O presente estudo investigou a relação entre as EAI e a satisfação com o suporte social em adolescentes. Método: A amostra foi composta por 189 participantes, com idade média de 16 anos (DP= 1.23), variando entre os 13 e os 18 anos, dos quais 95 (50.3%) eram do sexo feminino e 94 do sexo masculino (49.7%). Resultados: Os resultados revelaram que o abuso emocional (β = -.21, t(-2.55) = -4.20) e a negligência emocional (β = -.15, t(-2.15) = -2.71) foram as EAI que mais contribuíram para menor satisfação com o suporte social. Conclusões: O abuso emocional e a negligência emocional parecem ter impacto a longo prazo na satisfação com o suporte social. As crianças abusadas e negligenciadas emocionalmente poderão ter desenvolvido crenças negativas sobre si mesmas e sobre os outros, influenciado a autoestima, que por sua vez poderão ter comprometido o desenvolvimento de competências sociais e emocionais, explicando assim a menor satisfação com o suporte social. São discutidas propostas de futuros estudos para confirmação destas hipóteses.Item A relação entre polivitimação, sintomas de perturbação de pós-stress traumático e resiliência, em jovens em acolhimento residencial(2023) Rabaldinho, Rute Marlene Moreira; Pinto, Ricardo José Martins, orient.A presente dissertação teve como objetivo avaliar a relação entre Polivitimação (PV), Perturbação Pós-Stress Traumático (PSPT) e Resiliência em jovens em Acolhimento Residencial. A Polivitimação foi conceptualizada como a exposição de uma criança ou jovem a vários tipos de vitimação ao longo da sua vida, mais especificamente inclui quatro ou mais tipos de violência durante um ano. No presente trabalho, estas variáveis foram avaliadas em jovens em acolhimento residencial, tendo em conta que grande parte da literatura existente abordou estudos sobre a população em geral, após a exposição e/ou experienciar mais do que um acontecimento potencialmente traumático. Este estudo avaliou a PSPT com base nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Perturbações Mentais - V (DSM-V). Método: A amostra foi constituída por 103 participantes, dos quais 53 (51.5%) eram do sexo feminino e 50 (48.5%) do sexo masculino. A idade dos participantes varia entre 12 e os 17 anos (M = 15.36, DP = 1.468). Os instrumentos administrados foram: Questionário Sócio-Demográfico; Traumatic Events Screening/Diagnostic Inventory (TESI); Child PPST Symptom Scale – V (CPSS-V) e Resilience Scale (RS). Resultados: Os principais resultados revelaram que níveis superiores de PV estão associados a níveis superiores de PSPT e que a PV não foi associada à Resiliência (RS). Conclusões: A identificação precoce de Polivitimação na infância, pode diminuir as consequências negativas da exposição a acontecimentos traumáticos, nomeadamente o desenvolvimento de PSPT. Todavia, é importante salientar que estes acontecimentos traumáticos não determinam irreversivelmente a trajetória de vida da criança, visto que esta pode seguir por uma trajetória de resiliência. Palavras-Chave: Polivitimação (PV); Perturbação de Pós-Stress Traumático (PSPT); jovens em Acolhimento Residencial (AR); Resiliência (RS)Item Risk factors for COVID-19 infection : virtual-reality paradigm(2022) Carvalho, Catarina Sofia Coelho Martins de; Pinto, Ricardo José Martins, orient.Este estudo teve como objetivo examinar um modelo integrativo que explique o comportamento dos indivíduos durante a pandemia de Covid-19, especificamente o risco de infeção. Os objetivos específicos prendem-se em compreender se o estilo de vinculação dos adultos está associado aos comportamentos de risco dos indivíduos e se o medo ao covid-19 está associado aos comportamentos de risco. O risco de infeção por Covid-19 foi avaliado através de um dispositivo de realidade virtual com a utilização de Oculus Quest. O estudo inclui uma amostra de 73 estudantes e colaboradores da universidade, 24 (32.9%) do sexo masculino e 49 (67.1%) do sexo feminino (Mo = 1), com idades compreendidas entre os 18 e os 47 anos, (M = 24; DP = 5.70). No que concerne às hipóteses do estudo, foi colocada a hipótese de que tanto o medo como a vinculação (evitante e ansiosa) são preditores dos comportamentos de risco. Verificou-se que níveis mais elevados de medo e de vinculação evitante foram preditores de níveis inferiores de comportamentos de risco e que níveis superiores de vinculação ansiosa foram preditores de níveis superiores de comportamentos de risco. Este estudo apresenta algumas limitações, como o reduzido tamanho da amostra que limitou o poder estatístico do estudo e a inclusão de apenas estudantes e colaboradores pertencentes à universidade. A utilização da realidade virtual permitiu um controlo dos estímulos apresentados aos sujeitos em 3 dimensões e a uma variedade de respostas também previamente estabelecidas. Esta é uma ferramenta útil para a criação de múltiplos cenários complexos e detalhados, fazendo com que o participante esteja submetido no ambiente virtual.Item Vinculação, perturbação pós-stress traumático e problemas de internalização e externalização em jovens em risco(2020) Silva, Joana Patrícia Melo Ferreira da; Pinto, Ricardo José Martins, orient.O presente estudo tem como objetivo examinar se os níveis de vinculação ansiosa/evitante têm uma relação com PTSS, assim como testar se os sintomas de internalização e externalização estão associados a PTSS. Pretende-se ainda testar se os sintomas de internalização e externalização são mediadores de desenvolvimento de PTSS. Método: A amostra incluiu 92 jovens entre os 12 e os 17 anos, dos quais 52 (56.5%) eram do sexo feminino e 40 (43.5%) do sexo masculino. Sessenta jovens (65%) eram estudantes do Ensino Profissional, 2 (2.2%) estavam inseridos no Projeto “Escolhas” e 30 (32.6%) residiam em instituições de acolhimento e foram sinalizados pela CPCJ. Os instrumentos utilizados foram: Questionário Sociodemográfico; Questionário das Experiências nas Relações Próximas – Estruturas Relacionais (ECR-RS), Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ-POR) e o Child PTSD Symptom Scale – V (CPSS-V). Resultados: A vinculação ansiosa e evitante correlaciona-se com PTSS. Verificou-se ainda que os sintomas de internalização e externalização se encontram correlacionados com PTSS. Os sintomas de internalização mostraram-se mediadores na relação entre vinculação ansiosa e evitante e PTSS. No entanto, os sintomas de externalização não se revelaram mediadores na relação entre vinculação ansiosa/evitante e PTSS. Conclusões: As implicações práticas deste estudo, passam pelo contributo para a implementação de estratégias de prevenção e intervenção, que devem focar-se em intervenções sistémicas, incluindo a capacitação de técnicos dos jovens que se encontram em instituições.