Mestrado em Estudos Cinematográficos
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Item Aspectos documentais da mise en scène do filme – Aguarde! Por Favor(2010) Cravidão, Tiago Delgado; Cordeiro, Edmundo, orient.Este trabalho reflecte sobre a definição de cinema documental a partir da experiência de montagem do filme – Aguarde! Por favor. Parte assim do ponto de vista do montador para, com as suas ferramentas discursivas, reactualizar aquela discussão em torno das ideias de homeostasia, escala e resistência.Item O videoclipe victimless crime e as imagens nos videoclipes(2010) Carvalho, Flávia Bastos de; Viveiros, Paulo, orient.No âmbito do Mestrado em Estudos Cinematográficos da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, propôs-se a concretização de um Projecto-Tese na área do videoclipe. O projecto consiste na produção, realização e edição de um videoclipe. Victimless Crime é o nome da música, criada durante o ano de 2009 e lançada em Maio de 2010, da banda pop lisboeta Soulbizness. O resultado é um videoclipe com a duração de três minutos e vinte e seis segundos, que entende a possibilidade de uma utilização real. Na componente teórica procede-se ao estudo do videoclipe enquanto formato audiovisual e suas especificidades. Segue-se a análise de Victimless Crime, através do Modelo de Análise proposto por Francisco J. G. Tarín, assente em três vectores essenciais: Análise Textual; Análise de Recursos Expressivos e Narrativos; e Interpretação.Item Argumento e dossier de produção “KM 27”(2011) Saloio, Ana Rita Antas; Gil, Inês, orient.Márcia, Vasco, Débora e Rui vão passar férias a uma quinta alentejana. Movidos pelos ciúmes e pela curiosidade, os quatro amigos vêem-se presos nas mãos de uma família psicopata. Um segredo bem guardado por décadas é desvendado, transformando as férias numa luta pela sobrevivência.Item A sinestesia como dimensão na poética e na estética cinematográfica(2011) Sousa, Ângelo Paulo Fino de; Damásio, Manuel José, orient.O filme, na indissociabilidade da sua natureza dual, de arte e técnica, corporiza de forma ímpar, na história geral do desenvolvimento técnico-artístico de toda a modernidade, um ponto de intersecção único de fenómenos artísticos, culturais e científicos. O conceito de sinestesia serve-nos de referente conceptual para a concepção de um modelo de síntese sensorial e cognitiva, a partir do qual procuramos observar os termos em que o filme, enquanto obra artística cinematográfica, se configurou no lugar da mais extraordinária correlação de sínteses poéticas e estéticas, respectivamente, as relacionadas ao desempenho criativo da concepção cinematográfica, e as concernentes ao desempenho perceptivo da recepção espectatorial. As características desta correlação de sínteses, reconhecidas como inerentes à experiência cinematográfica, são o que nos permite afirmar que, ver cinema é, na verdade, experienciar cinema.Item A experiência em relação à obra de arte(2012) Brás, Luís Campos; Miranda, José Bragança de, orient.Esta tese pretende fazer a ligação entre o momento da idealização e da conclusão de uma obra de arte. O que se tenta demonstrar é que a experiência é transformadora de tudo o que tem a ver com a criação e, portanto, tudo o que a criação implica sofre transformações sobre transformações até ganhar uma vida autónoma à do criador. No culminar do processo criativo passam a existir duas componentes da obra. A própria obra, na sua fisicalidade, e a experiência da sua realização. Estes dois fatores da criação são complementares, mas valem por si e são completamente independentes. Apresenta-se como anexo da tese excertos da obra sobre a qual ela mais incide, o filme Quadro Branco, cuja elaboração foi feita sempre a par deste documento. Por esse facto, na introdução e fundamentação teórica que se apresenta, os aspetos teóricos são observados em relação ao cinema, mas muito particularmente em relação a este filme. O que se conclui é que a experiência é de uma significação tão importante quanto a obra. E que a todas as questões que poderemos formular, o criador já não pode responder pela sua criação, apenas por ele mesmo e pela sua experiência passada.Item Relatório do Projecto Mupepy Munatim(2012) Peralta, Pedro Toscano; Viveiros, Paulo, orient.A presente dissertação tem o propósito de relatar o desenvolvimento e execução de todas as etapas de criação da curta-metragem mupepy munatim, da qual fui Realizador, Argumentista e Produtor. Apresento esta curta-metragem como projecto de tese de mestrado para a obtenção do grau de mestre em Estudos Cinematográficos pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. O projecto de curta-metragem mupepy munatim foi desenvolvido no período entre Outubro de 2010 e Setembro de 2011. Numa primeira fase, desenvolvendo a ideia inicial e consequente guião com actor Sebastião Tomás, e seguidamente na fase de pré-produção e produção com o Director de Fotografia Frederico Parreira e com a Produtora Joana Cunha. A pós-produção, sobre a minha orientação, foi concebida por Rui Tomás na montagem de imagem, Ricardo Rodrigues na pós-produção som e Pedro Motta na pós-produção vídeo. Apesar do cunho autoral da obra, esta é um projecto colectivo na sua essência. Os elementos da equipa técnica acima mencionados tiveram um papel fundamental na criação da curta-metragem, colaborando criativamente nas suas áreas respectivas. Este relatório irá descrever o nosso processo de colaboração e trabalho, descrevendo as opções e acções que fomos tomando ao longo das fases de produção.Item Projeto “Lápis Azul”(2013) Martins, Rafael Manuel Patrão Tavares Antunes; Damásio, Manuel José, orient.A narrativa está ligada à história da humanidade, está presente em todos os tempos e lugares, é transversal ao homem e à sociedade, é independente da classe, cultura ou religião. As evoluções tecnológicas trouxeram um avanço e mudanças de comportamentos na forma como comunicamos e contamos histórias. Com a digitalização dos conteúdos apareceram tecnologias que tornaram os conteúdos portáteis, respondendo e facilitando um desejo de participação no texto por parte das audiências e, consequentemente, conduzindo a uma mudança de comportamento da sociedade e a uma sofisticação da narrativa. Neste contexto, coloca-se então o desafio para a produção de narrativas que possam ir ao encontro das expectativas e do estilo de vida da audiência e pergunta-se: de que forma as empresas de media estão preparadas para responder à sofisticação das narrativas e mudanças de comportamentos da audiência? Que novos tipos de narrativas estão a emergir para ir ao encontro das expectativas e estilos de vida da audiência? Este relatório pretende discutir o conceito de narrativa transmedia bem como compreender as potencialidades do mesmo no contexto da sua aplicação a um projeto concreto – o projeto Lápis Azul. Após a produção de uma narrativa transmedia, “Mutter”, que teve por base um universo de ficção científica, destinada a uma audiência habituada às novas tecnologias e que seguem as narrativas por várias plataformas, foi traçado o objetivo de testar, através de um trabalho prático, a eficácia das narrativas transmedia para uma audiência menos habituada às novas tecnologias, com um tema que encaixasse no género de entretenimento e educação. Tendo como tema a censura, desenvolveu-se um projeto que possibilitasse conteúdos mais rentáveis e coerentes, que criasse hábitos e fluxos de consumo entre plataformas e que facultasse novas oportunidades de financiamento e modelos de negócio para criadores e produtores. A presente proposta tem como principal objetivo o desenvolvimento de uma narrativa transmedia que agregue diferentes plataformas e tecnologias e que inclua cruzamentos narrativos e dramáticos. Tendo como tema central a censura, a narrativa vai estender-se por uma curta-metragem de ficção enganchado em factos reais, um documentário com personalidades que foram visados pela censura, um site com material de arquivo e um jogo online que desafia a escrita sobre a liberdade de imprensa.Item Qual a resposta do produtor mediante o actual ambiente média(2013) Beato, Nuno Ricardo Castro; Damásio, Manuel José, orient.Item Argumento “Viver o Jogo” e o seu desenvolvimento(2013) Ferreira, David Renato Cunha; Gil, Inês, orient.Influenciado por ter descoberto o gosto pela escrita e pelo meu género de filmes preferido ser os de acção, propus-me a elaborar como Tese de Mestrado um argumento cinematográfico para um filme de acção e um relatório com o processo de escrever um argumento cinematográfico. Depois de pesquisar sobre o assunto e usando praticamente como base os métodos de Syd Field elaborei um relatório com os vários processos de como escrever um argumento. Neste processo podemos constatar a criação de personagens, de uma cena, de uma sequência, assim como o nascimento do assunto a desenvolver num argumento. Desse relatório consta também a metodologia que usei para escrever o meu argumento “Viver o Jogo”.Item A casa encantada(2014) Alves, Júlio Manuel Lopes; Miranda, José Bragança de, orient.A Casa Encantada é um filme que nasce da procura, da espontaneidade, do contraste, da colaboração, e desenvolve-se a partir de uma reflexão pessoal sobre a montagem e a minha visão sobre o cinema, as influências das diferentes formas de ver cinema e a minha forma de fazer cinema. Este documento está dividido em dois blocos temáticos. O primeiro expõe de modo panorâmico e sintético as influências das diferentes correntes cinematográficas na minha forma de fazer cinema, para passar depois a contextualizar os meus projetos dentro do panorama cinematográfico do Séc. XXI. O segundo descreve os elementos-chave do projeto A Casa Encantada, centrando-me numa nova metodologia de trabalho que denominei metodologia Loop. O procedimento de trabalho usado na elaboração deste documento foi o seguinte: em primeiro lugar, escrevi os conceitos e os temas que englobam este filme – Cinema, democratização das ferramentas, cinema de autor, realismo social, cinema de massas, Hollywood, formalismo, festivais, digitalização, mass media, felicidade, infância, realidade, recordações, objetos, resistência – e que, de forma direta ou indireta, também marcaram os meus anteriores trabalhos. Estes temas foram discutidos com o professor José Bragança de Miranda, que escolheu uma variada bibliografia sobre estes conceitos e temas que abordámos nos nossos encontros. Esses encontros e o intercâmbio de opiniões e visões serviram também para estabelecer e delimitar os objetivos deste trabalho que em breve exporemos. Durante o período de leitura, investigação e reconstrução dos meus conhecimentos sobre estes conceitos, fui consciente, por um lado, das influências das diferentes correntes cinematográficas e, por outro, da relevância da minha nova forma de montagem, a que chamei sistema loop e que assenta, não só numa determinada forma de editar o material captado, como também em materiais periféricos como a fotografia, a interação com quem faz parte do Júlio Alves. A Casa Encantada. Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Departamento de Estudos Cinematográficos. 7 projeto e ainda com o meu caderno de notas. Daí os dois blocos temáticos mencionados no parágrafo anterior. A Casa Encantada é um projeto que nasceu no contexto desta tese mas que ainda não terminou. Continua em processo enquanto escrevo este documento. Mas a reflexão e a análise que aqui se expõem servem para refletir os seguintes objetivos: – Sintetizar as diferentes formas de fazer cinema ao longo da história do cinema – Estabelecer relações entre as diferentes correntes cinematográficas e A Casa Encantada – Analisar o contexto do Cinema na era audiovisual – Reflectir sobre o papel do realizador no panorama cinematográfico atual – Estabelecer os elementos-chave de A Casa Encantada – Definir a relevância dos elementos-chave em A Casa Encantada – Descrever o processo da metodologia Loop. Assim, descritos a origem e a forma de escrever o projecto, passaremos às duas partes temáticas desta tese.Item Relatório da curta-metragem: «O meu avô»(2014) Costa, António Afonso; Damásio, Manuel José, orient.O principal objetivo proposto para o trabalho conducente à obtenção do grau académico de mestre foi a realização uma curta-metragem intitulada «O Meu Avô». Esta obra conta a estória de uma criança de 10 anos obrigada a passar férias na casa dos avós contra a sua vontade. O filme ficcionado aborda a diferenças entre gerações e com isso levanta a questão: Será possível às gerações atuais aceitarem dos mais velhos o testemunho de princípios e valores de convivência social? Segundo Mannheim que define as gerações pelo seu tempo de vivência e não necessariamente viverem em tempos diferentes, distinguem-se sobretudo por viverem experiências diferentes no mesmo tempo cronológico. Mas este facto não impede que sejam passados valores de bens culturais acumulados de uma geração para outra. (Doll, 2014) O projeto desenvolvido procura assim ser simultaneamente um trabalho que testa a capacidade da obra de ficção cinematográfica em constituir-se como retrato ficcional de um momento histórico e temporal, mas também a sua capacidade de, através de um dispositivo narrativo, preconizar momentos e processos de intervenção social e cultural.Item Sobre a Monstra, Festival de Animação de Lisboa(2015) Martinho, Miguel Queiroz; Viveiros, Paulo, orient.Monstra, Festival de Animação de Lisboa realiza-se anualmente na capital de Portugal desde 2000, e é um evento cultural e artístico com relevância mediática e reconhecimento do público. Esta dissertação, acompanhada por um documentário intitulado “Retrato da Monstra”, visa contribuir para a história do festival de cinema de animação, evidenciando o seu papel na divulgação deste género em Portugal. A partir dos catálogos, de artigos publicados na imprensa escrita e na internet, e de entrevistas realizadas a alguns dos principais intervenientes (incluindo ao seu diretor artístico, Fernando Galrito), reconstituem-se os momentos fundadores e analisa-se a evolução do número de presenças e públicos participantes, número e tipologia de filmes, locais de exibição, países convidados, outras atividades inter-artes, modelos de organização, etc. A 14ª edição (2015) é tratada como um caso de estudo, sendo objeto de uma análise mais detalhada da programação e do segmento competitivo. Este trabalho procura contribuir para a definição da identidade da Monstra, partindo de dados objetivos e complementando-os com as ideias e perceções dos que fizeram parte dela ao longo dos anos. Finalmente, equaciona-se o futuro do festival.Item Scriptment e adaptação para bd das "chronicles of the earth and the sea": estudo para projecto de ficção especulativa e sua transmediação(2016) Silva, Marco Fraga da; Damásio, Manuel José, orient.A presente dissertação, integrada no Mestrado em Estudos Cinematográficos da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, é uma dissertação teórico-prática por projecto que lança as bases para a criação do Worldbuilding e transmediação de um conjunto de narrativas intituladas “Chronicles of the Earth and the Sea”. As crónicas integram o género da Ficção Especulativa que contém os géneros do Fantástico, da Ficção Científica e do Horror. É uma espécie de género ‘chapéu’ agregador dos géneros acima citados e seus subgéneros. Para estruturar a narrativa das crónicas recorreu-se a estruturas experimentadas e validadas pela indústria literária e cinematográfica – o ‘Monomito’ de Campbell, ‘A Viagem do Herói’ de Vogler e ‘O Paradigma’ de Field. O scriptment (sinopse longa formatada como um guião) foi o formato cinematográfico seleccionado para a escrita das crónicas. Este permitiu criar o conjunto de narrativas que integram o Universo Expandido das “Chronicles of the Earth and the Sea”. Depois de escolhida uma das narrativas – a do protagonista Uluru-Kata – esta foi trabalhada e aprofundada nesta dissertação. O objectivo principal é utilizar as crónicas para explorar temas e assuntos diversos de interesse pessoal e, pelo caminho, criar um produto de entretenimento e catarse. A Banda Desenhada desenvolvida para esta dissertação adapta uma pequena parte do Worldbuilding das crónicas focando-se numa lição que Uluru-Kata recebe quando criança e serve de ‘prova de conceito’ para a futura transmediação da narrativa. A transmediação das crónicas aqui planificada irá desenvolver-se ao longo dos próximos anos através da fragmentação das várias narrativas por diferentes plataformas. A planificação divide-se em três fases: a primeira incide sobre Literatura Gráfica (BD), a segunda sobre Literatura e a terceira sobre a componente audiovisual (Cinema, TV e Videojogos).Item Propositadamente incoerente:estudo das adaptações dos videojogos para o cinema(2016) Wassermann, Jacopo; Luz, Filipe Costa, orient.No enquadramento de três disciplinas de referência (estudos cinematográficos, game studies e adaptation studies), a proposta de investigação aqui apresentada tem como objetivo principal esboçar uma abordagem de estudo às adaptações dos videojogos para o cinema, obras liminais que receberam escassa atenção académica. O problema que se coloca neste trabalho é analisar como as adaptações dos videojogos para o cinema podem alterar a nossa compreensão dos dois media em questão, pois um conjunto de factores industriais, tecnológicos e estéticos responsáveis pela sua criação remetem para as fronteiras cada vez mais frágeis entre narrativa “fechada” e interação “em aberto.” Será apropriado distinguir entre espectador e jogador com base na passividade do primeiro, por oposição à actividade da segundo? A arbitrariedade e o agenciamento conferidos ao videojogador são verdadeiramente antitéticos à construção de uma narrativa fílmica? O realismo é uma prerrogativa do cinema, ou poderá caracterizar os videojogos, também? Estas questões tornam-se relevantes no enquadramento teórico do cinema, dos videojogos e da própria adaptação, obrigando a redefinir algumas das suas assunções fundamentais. De igual modo, esta redefinição teórica poderá eventualmente informar uma nova abordagem à adaptação dos videojogos para o cinema em termos de escrita, produção e realização.Item ‘No quarto da Vanda’ e ‘Boca de lixo’ cinema, sociedade, conhecimento(2017) Sepulveda, Yuri de Aguiar Xavier; Cordeiro, Edmundo, orient.Essa dissertação faz uma análise comparativa entre o fazer fílmico do cineasta português Pedro Costa em “No quarto da Vanda”, as questões que levaram o realizador para Fontaínhas, o como a região mudou sua forma de ver e falar cinema, unidos com a ideia de mundo, referencias e momento em que vive, e o fazer fílmico do brasileiro Eduardo Coutinho em “Boca de Lixo”, suas ideias sobre cinema, sobre seu posicionamento enquanto realizador e as questões levantadas no Lixão de São Gonçalo. Ao longo da dissertação surge a necessidade de entender o como apesar das varias semelhanças de ideias dos diretores os filmes são tão diferentes; é a partir dessa constatação que entramos na questão da Epistemologia do Sul do sociólogo Boaventura de Sousa Santos; as questões de consolidação de discursos do hemisfério norte – que são as chamadas epistemologias dominantes – e a feita no hemisfério sul, a dita epistemologia do sul. Isto é, nessa dissertação existe um projeto de justificar as diferenças de linguagem e resultados dos diretores a partir do espaço ao qual os realizadores estão inseridos, ou seja, Costa em Portugal – estando, portanto, inserido num espaço de discurso dominante – e Coutinho no Brasil – produzindo o discurso à margem, com uma forma distinta de ver e falar sobre o mundo.Item Técnicas de gravação e reprodução de áudio tridimensional : história e perspectivas(2017) Santos, Cyril; Ribeiro, Luís Cláudio, orient.Esta dissertação procura compreender as formas e evoluções da captação e reprodução de som desde o inicio do século XX. Neste percurso são importantes as práticas e usos da tecnologia que alteraram as formas de gravação e escuta em diferentes aspectos mediáticos. O tema escolhido, o surround, permitiu analisar as técnicas e motivos para uma evolução substancial na captação, edição e reprodução. Que motivos levaram à sua evolução? É curioso perceber que ainda antes da existência de som em sala, já existia alguém que teorizava como deveria ser esta distribuição. Ainda mais curioso é constatar que ao fim de todos estes anos de evolução teórica e tecnológica não constatamos grandes revoluções, grandes saltos tecnológicos, apercebemo-nos sim que esta construção assenta em pequenas e constantes evoluções, apanhando pelo caminho tecnologia e teorizações singulares. É com estas questões e respostas que nasce esta dissertação, começando pela origem do som estereofónico, até ao uso da tecnologia para sistemas de realidade virtual (VR).Item A influência do cinema norte-americano no cinema brasileiro através da jornada do herói(2017) Pontes, José Arthur de; Viveiros, Paulo, orient.O presente trabalho vem a estudar a Jornada do Herói no cinema e como ela representa uma cultura de massa, através de uma análise comparativa entre os filmes Jaws (1975), de Steven Spielberg, e Central do Brasil (1998), de Walter Salles, de modo a encontrar os elementos que formam um herói ou Monomito no cinema de massa no Brasil e nos EUA. Os filmes do Gênero Drama\Aventura são escolhidos como exemplos de histórias que foram apresentadas para um grande número de espectadores, são colocados como exemplos de cinema de massa por sua grande difusão em salas para o grande público. Sendo assim, temos uma amostra estratificada para análise, baseada em um subgrupo já existente: filmes que foram vistos por multidões. O objeto de pesquisa é o herói ou heroína. Através da comparação entre os personagens e suas jornadas nos filmes analisados, foi possível encontrar padrões entre os mundos dos heróis. A estrutura da comparação entre as jornadas é feita através das fases da Jornada do herói mítico descrito por Joseph Campbell, em O Herói das Mil Faces (CAMPBELL, 1949, p. 30), e Christian Vogler, em A Jornada do Escritor (VOGLER, 1989, p. 34). A comparação feita entre os dois filmes ressalta as intercessões e padrões que unem as histórias e heróis; elementos em comum são colocados de forma a mostrar como a estrutura dos filmes analisados reflete a influência do cinema americano para as massas no cinema brasileiro. São encontrados e demonstrados os elementos que morfologicamente unem os filmes através das fases da Jornada do Herói e das características dos heróis analisados. A comparação entre os heróis é feita não só através de sua jornada, mas através de um mapa de personagens proposto por Laurie Hutzler (2006) e, sendo assim, foi possível identificarmos e compararmos as principais características, medos, desejos, sacrifícios, elementos que levam perigo ao herói: como são seus mundos, o que procuram, famílias etc. São destacados elementos que unem os heróis do filme americano e do brasileiro, demonstrando, assim, uma característica de cultura de massa, de inconsciente coletivo. Além da análise comparativa dos heróis e de suas jornadas, é feita uma demonstração morfológica e arquetípica das funções do herói e da forma como suas atitudes moldam a história. A jornada do herói, seus arquétipos e a cultura de massa são colocados como parte do inconsciente coletivo, que produz fenômenos em comum, na forma como as histórias são construídas para o cinema e apresentadas para as grandes multidões. Algumas referências a outras histórias também foram encontradas: Mickey (1928), Pinocchio (1940), contos de fadas também são elementos presentes que unem as histórias e são relatados. A morfologia de nossos filmes analisados é demonstrada com arquétipos comuns entre as histórias e de como os heróis se comportam. Uma fórmula para cada filme é montada, simbolizando uma morfologia, seguindo as funções descritas por Vladimir Propp, em seu livro a Morfologia do Conto Maravilhoso (PROPP, 2001 23) Com a análise paralela entre a jornada e o herói, podemos demonstrar como a cultura de massa no cinema produz efeitos de similaridade entre as histórias. Essas intercessões que unem as histórias são apresentadas de forma mítica, arquetípica e estruturada num Plot tradicional de cinema em 3 atos. O trabalho seguinte demonstra como os núcleos familiares, representações patriarcais, matriarcais e de um discurso com uma história que pode ser aceita pelas multidões, onde as pessoas se espelham e se reconhecem, são alguns pontos em comum entre as histórias que veem sendo contadas no cinema americano para massas, e agora é demonstrado no cinema brasileiro pós década de 90.Item "Doente mas... nem tanto", longa metragem de ficção(2017) Alho, Teresa Cristina Lopes Antunes; Cachapa, Possidónio, orient.Este projecto tem como intenção o desenvolvimento de um guião para uma longa metragem, segundo a estrutura narrativa clássica. Tentei, com este guião, que estivessem presentes todos os «ingredientes» da estrutura narrativa clássica (estrutura em três actos; personagens, estando bem definido o protagonista, sua motivação e antagonista; progressão dramática com respectivo climax e conclusão). Ao trabalhar há vários anos com pessoas invisuais e também com pessoas com algum problema mental ou cognitivo, deparei-me com histórias de abandono a vários níveis, apercebendo-me do quanto isso afecta toda a vida do individuo. A história que apresento é, além de um trabalho ficcional puro, uma tentativa de passar uma «mensagem» positiva a quem passa por problemas semelhantes. Este trabalho é a primeira versão desse guião, havendo, certamente, ainda muito para alterar. Para além do guião, acrescento dois pequenos capítulos. Num deles, falo um pouco sobre a estrutura narrativa clássica e situo o meu guião no género/tom, e um outro onde faço uma pequena comparação com outro filme onde o protagonista, embora bastante diferente do meu, tem por base a falta de afecto, o que origina alguns comportamentos semelhantes. Em anexo, acrescento a caracterização das personagens e respectiva sinopse. Por último, espero que este meu trabalho contribua para ajudar, a quem de uma maneira ou de outra vive, situações semelhantes às vividas pelas personagens, possibilitando um olhar diferente. Termino com uma citação de Sílvia Marques (2003) “Porém, se treinarmos os nossos sentidos e intelecto, perceberemos que o cinema vai muito além da catarse, do entretenimento, da informação. O cinema educa, conscientiza, sensibiliza, faz-nos pensar e sentir, faz nos reavaliar conceitos, reorganizar estruturas. Este processo é lento, porém, profundo. Por meio de filmes diversos, aprendemos sobre variadas culturas e também sobre aquilo que existe de mais subjacente na alma humana.”Item A geometria no quadro cinemático de Kurosawa : um estudo sobre forma e estilo(2017) Neto, Mário Granado Gonçalves; Viveiros, Paulo, orient.Partindo de uma premissa que considera a estética como um importante elemento narrativo do exercício cinematográfico, é possível destacar o cineasta Akira Kurosawa como um dos mais exímios realizadores a ativarem este traço estilístico em seu repertório cinemático. Suas obras são notórias, seja pela exuberância de suas imagens, seja pela capacidade de estímulos sensoriais exercidas no processo de recebimento do conteúdo dramático por parte do expectador. Percebe-se, no entanto, certa particularidade metodo lógica na cinematografia de Kurosawa, uma tendência a arranjar os elementos no quadro cinematográfico, de maneira que a disposição destes componentes remeta a construção de formas geométricas primárias, tais como: triângulos, quadrados e círculos. Estas for mas podem funcionar como simbolismos visuais para determinada situação do enredo, sugerindo o potencial narrativo deste aspecto fotográfico em seu cinema. Posto isso, pretende-se com a dada dissertação, investigar a hipótese da incidência de padrões geométricos presentes no processo de composição imagética dos filmes de Akira Kurosawa, através do experimento de observação e contagem de frequência, inten tando-se compreender de que modo esta técnica é utilizada como ferramenta narrativa.Item Cinema e realidade(2018) Silva, Nuno André Mourisco Ferreira da; Miranda, José Bragança de, orient.A modernidade, com o advento da fotografia, traz consigo um novo paradigma em relação à obra de arte. A esfera intocável do objecto artístico desmembra-se numa era em que tudo está em movimento, onde a representação da realidade na película ultrapassa as barreiras do tempo e do espaço. A câmara de filmar, segundo processo mecânico de impressão do real na película, desvela um mundo diferente daquele que vemos a olho nu. As imagens não têm mais significado, apresentam-se como objectos na sua forma pura e cabe ao cineasta encontrar uma maneira de lhes voltar a dar significado. O cinema, na sua tentativa de construir uma realidade verosímil, começou por permitir ao espectador uma experiência de hipnose onde ele participaria em tempo real no filme através da excitação das suas funções sensório-motoras. Contudo, com a chegada de meados dos anos quarenta, numa Europa devastada pela guerra, vemos surgir um outro paradigma através de uma nova representação do mundo. Este tipo de representação vem criar situações puras onde a realidade e imaginação se entrecruzam. A imagem-tempo está ao nível do pensamento, da nossa construção cognitiva ao observar uma acção nas suas várias camadas de significação.
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