Mestrado Em Psicologia Clínica e da Saúde
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Percorrer Mestrado Em Psicologia Clínica e da Saúde por assunto "ADOLESCENTS"
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Item Barreiras e facilitadores da adesão em intervenções psicológicas baseadas na internet com adolescentes: uma revisão sistemática(2019) Rocha, Sara Maria Soares; Lamela, Diogo, orient.A investigação tem vindo a demonstrar alguma evidência empírica acerca do potencial das intervenções psicológicas mediadas pela internet/tecnologia na promoção da saúde mental em adolescentes. Contudo, pouco se sabe em relação a potenciais barreiras e facilitadores identificados pelos adolescentes na adesão a este tipo de intervenções. Desta forma, esta revisão sistemática pretendeu rever sistematicamente a investigação produzida até ao momento sobre estas variáveis clínicas, bem como potenciais moderadores associados. Foram triados artigos de uma base de dados (Web of Science), publicados entre janeiro de 2008 a janeiro de 2019, de modo a selecionar estudos que analisavam, quantitativamente, barreiras ou facilitadores percebidos à adesão em adolescentes (dos 12 aos 18 anos). Dos 2220 artigos triados inicialmente, cinco cumpriram os critérios de inclusão. Foram identificadas barreiras relacionadas com fatores pessoais e internos (e.g., esquecimento, desinteresse), design e conteúdo dos programas (e.g., dúvidas quanto à relevância e utilidade do próprio programa, problemas de utilização ou compreensão do conteúdo), e a privacidade e estigma. Foram identificados como facilitadores da adesão, a natureza interativa das intervenções digitais. Não foram identificados moderadores nos estudos incluídos. Implicações para a prática clínica e estudos futuros foram discutidos. Será importante que estudos futuros explorem, de forma mais rigorosa, algumas das variáveis anteriormente mencionadas, bem como moderadores e/ou caraterísticas mais especificas, com o objetivo de adaptar os programas de intervenção online/digitais disponíveis ou futuros, tornando-os mais adequados para os adolescentes como população-alvo.Item Os benefícios da atividade física nas funções executivas em crianças e adolescentes com autismo: uma revisão sistemática(2023) Vieira, Helena Sofia Monteiro Fernandes; Richter-Trummer, Marisa Filipe, orient.A Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) é uma perturbação do neurodesenvolvimento caracterizada por dificuldades ao nível da interação e comunicação social, a par de interesses restritos e comportamentos repetitivos. A PEA é também caracterizada por inúmeros problemas nas Funções Executivas (FE), nomeadamente ao nível da flexibilidade cognitiva, da memória de trabalho, do controlo inibitório, do planeamento e da regulação emocional, tornando-se essencial compreender que respostas existem em termos de intervenção para colmatar estas dificuldades. Neste âmbito, diversos estudos sugerem que a implementação de programas de Atividade Física (AF) tem um impacto positivo nas FE. Todavia, os benefícios desta prática em indivíduos com PEA não são ainda claros. Portanto, o presente estudo pretende compreender os efeitos da AF nas FE em crianças e adolescentes com PEA, através de uma revisão sistemática da literatura. De forma a garantir o rigor metodológico, esta revisão seguiu os critérios PICO e as diretrizes PRISMA. Para a pesquisa foram selecionadas as bases de dados ERIC, APA PsycInfo e Academic Search Complete e as seguintes palavras-chave: Autism Spectrum Disorders OR ASD OR Autism OR Aspergers OR Asperger Syndrome AND Executive Function OR Executive Functioning AND Physical Activity OR Exercise OR Fitness OR Physical Exercise OR Sport AND Children OR Adolescent. Nesta revisão, foram incluídos um total de 9 estudos por respeitarem os critérios de inclusão/exclusão estabelecidos. Os resultados sugerem que após a implementação de programas de AF, tais como basquetebol, equitação, ciclismo, entre outros, a maioria dos estudos revelou benefícios para a globalidade das FE analisadas (e.g., controlo inibitório, flexibilidade cognitiva e planeamento). Contudo, dois estudos não revelaram efeitos significativos na memória de trabalho e na regulação emocional. Concluindo, esta revisão salienta os benefícios da AF nas FE em crianças e adolescentes com PEA, o que representa uma mais-valia para esta população clínica. Porém, esta temática carece de maior atenção e investigação dado o número reduzido de estudos analisados. Palavras-chave: Perturbação do Espetro do Autismo; Funções Executivas; Atividade Física; Crianças e AdolescentesItem Determinantes cognitivos e comportamentais da mediação parental na utilização das tecnologias digitais por adolescentes(2023) Teixeira, Adriana Rui Rodrigues; Lamela, Diogo, orient.Hoje, numa era digital, a perpetração do ciberbullying e vitimação nos adolescentes é um fenómeno crescente que preocupa investigadores e clínicos na área da saúde, e representa um desafio na parentalidade. O presente estudo teve como objetivo examinar determinantes sociodemográficos, cognitivos e comportamentais associados à mediação parental ativa e restritiva na utilização das tecnologias digitais dos/as adolescentes. Participaram neste estudo 194 pais e mães com filhos/as adolescentes entre 12 e 18 anos, a residir em Portugal. A amostra foi constituída por 72.3% dos participantes do género feminino (n = 142) com uma média de idades de 46.72 anos (SD = 4.13, variação entre 35-61 anos). Os resultados demonstraram que na mediação restritiva os determinantes significativos foram o género e escolaridade dos/as pais/mães, a idade dos/as filhos/as, as atitudes face ao ciberbullying dos/as pais/mães e a autoeficácia na influência parental na utilização da internet. Os determinantes que predisseram as técnicas ativas de mediação parental foram, o género e a escolaridade dos/as pais/mães, a idade dos/as filhos/as, as competências digitais parentais, a autoeficácia parental na influência na utilização da internet e a solicitação de informação pelos/as pais/mães na dimensão da monitorização parental. Assim, o presente estudo pode contribuir para o avanço de estudos científicos anteriores, bem como para um maior conhecimento e compreensão das práticas de mediação parental na utilização da internet, abrindo caminho a um maior investimento na prevenção e promoção da saúde mental dos/as adolescentes portugueses. Palavras-chave: Mediação Restritiva, Mediação Ativa, Adolescentes, Parentalidade, Tecnologias DigitaisItem Revisão sistemática do impacto do ambiente físico das unidades de saúde no bem-estar de adolescentes diagnosticados com cancro(2019) Vidal, Carla Sofia Alves; Lamela, Diogo, orient.A investigação tem enfatizado o impacto do ambiente físico hospitalar no bem-estar e recuperação de pacientes que experienciam um internamento ou lidam com uma doença crónica, como o cancro. A Teoria de Design de Suporte de Ulrich (1991) sustenta as descobertas de anos de pesquisa na área dos ambientes de saúde. Um diagnóstico de cancro nos anos de transição entre a infância e a idade adulta pode ter um impacto muito significativo. A literatura revela que as experiências dos adolescentes são frequentemente exploradas em conjunto com as de crianças ou adultos, no entanto, os adolescentes têm necessidades e interesses distintos. Por este motivo, têm surgido unidades especificas, como as Teenage Cancer Trust no Reino Unido, com o objetivo de proporcionar um ambiente favorável às necessidades exclusivas dos adolescentes. Para melhor compreendermos o impacto que o ambiente das unidades hospitalares tem em adolescentes e jovens adultos (AJA) diagnosticados com cancro, procedeu-se a um levantamento sistemático da literatura científica entre janeiro de 1999 a julho de 2019 com o objetivo de identificar estudos empíricos que avaliassem essas variáveis. Os resultados revelaram que AJA inseridos em unidades para adultos ou pediátricas sentem desconforto devido a um sentimento de experiência não partilhada com os restantes pacientes que pode levar ao isolamento. Adaptações simples, como acesso a uma ala especifica para jovens, internet ou a privacidade fornecida por uma sala adicional podem atenuar os efeitos. Um ponto com destaque diz respeito à comunicação com a equipa multidisciplinar que trabalha com esta coorte. A abordagem deve ser adequada à idade e a comunicação direta deve ser privilegiada. Pode-se argumentar que cuidar de AJA numa unidade específica atenderia melhor às necessidades identificadas. No entanto, deve-se reconhecer que há escassez de literatura e de pesquisas mensuráveis com foco na avaliação das unidades AJA existentes.Item A Systematic Review of Longitudinal Studies Examining the Effect of Parenting Behaviours on Adolescents’ Rumination and Potential Moderators(2023) Castro, Tiago Santos Sobral de; Lamela, Diogo, orient.A ruminação é um mecanismo de regulação emocional associado ao desenvolvimento e manutenção de problemas de internalização. A Response Style Theory defende que os comportamentos parentais são um fator nuclear para a emergência da ruminação nas crianças. No entanto, não existe uma compreensão de quais os comportamentos parentais que podem funcionar como fatores de risco ou proteção do desenvolvimento da ruminação. Por isso, o objetivo deste estudo centra-se na revisão sistemática do efeito longitudinal dos comportamentos parentais na ruminação dos/as adolescentes e potenciais moderadores. Utilizamos as bases de dados Web of Science, Scopus, PubMed, Academic Search Complete e Eric, e seguimos as diretrizes do PRISMA. De 1,868 resumos rastreados, 182 artigos foram considerados para uma leitura integra do texto. Desses 182, 11 foram incluídos para a síntese qualitativa. De um modo geral, os estudos sugerem que comportamentos parentais caracterizados pela critica, rejeição e controlo têm uma associação positiva com o aumento da ruminação nos/as adolescentes, enquanto comportamentos que potenciem a exploração de diferentes estilos de regulação emocional na criança têm uma associação negativa com o construto. Fatores intrapessoais, como o gênero e o temperamento, foram moderadores significativos entre comportamentos parentais e a ruminação. Por exemplo, raparigas, indivíduos com baixos níveis de controlo com esforço e com altos níveis de sensibilidade ambiental parecem ser mais suscetíveis ao desenvolvimento da ruminação quando expostos a certos comportamentos parentais. As conclusões foram limitadas devido à heterogeneidade da metodologia dos estudos. Estudos futuros sobre comportamentos parentais e ruminação devem considerar várias formas de comportamentos parentais e diferentes moderadores para identificar diversos fatores que enfraqueçam ou fortaleçam o desenvolvimento da ruminação na/o criança/adolescente. Melhorar estratégias de regulação emocional, aumentar a consciência parental em relação aos seus comportamentos e ter em atenção crianças e adolescentes do sexo feminino que demonstram sinais de pensamentos ruminativos, poderão ser importantes fatores a considerar para o desenvolvimento de estratégias de intervenção eficazes. Palavras-Chave: Ruminação, Parentalidade, Adolescentes, Crianças, Comportamentos ParentaisItem Vinculação e comportamentos abusivos nas relações de intimidade entre adolescentes e jovens adultos(2016) Fernandes, Sónia Sofia da Costa; Cabral, Joana, orient.O presente estudo pretende contribuir para explorar modalidades de abuso menos estudadas nas formas da rejeição, do controlo e da hostilidade. Analisando não apenas a influência da vinculação, aos pais e ao par romântico e das estratégias de regulação emocional como uma relação triádica de mediação pela regulação emocional na associação entre a vinculação e a regulação emocional. A amostra do estudo inclui 115 participantes jovens adultos, sendo que 93 (80.9%) são do sexo feminino e 22 (19,1%) corresponde ao sexo masculino, com idades compreendidas entre 18 e 44 (M = 25.72; DP = 6,47), sendo usada uma amostra por conveniência. Foram administrados os seguintes instrumentos: Perceptions of Adult Attachment Questionnaire (Lichenstein & Cassidy, 1991; Adaptado por Cabral & Peres, 2013); Questionário de Vinculação Amorosa (Matos & Costa, 2001; versão breve por Matos, Cabral, & Costa, 2008); Escala de Dificuldades na Regulação Emocional (Gratz & Roemer, 2004; Adaptado por Coutinho, Ribeiro, Ferreirinha & Dias, 2010); Rummintive Responses Scale (Treynor, Gonzales & Nolen-Hoeksema, 2003; Adaptado por Matos & Cabral, 2004); Trait Meta-Mood Scale (Salovey, Goldman & Palfai, 1995; Adaptado por Cabral & Matos, 2004) e Intimate Partner Acceptance-Rejection/Control Questionnaire (Rohner, 2001, 2004; Adaptado por Cabral & Fernandes, 2016); Concluiu-se que sujeitos com níveis superiores de insegurança na vinculação aos pais e ao par romântico revelam níveis superiores de perpretação de comportamentos abusivos nas relações de intimidade. Sugerem, igualmente, que níveis superiores de dificuldade de regulação emocional revelam níveis superiores de perpetração de abuso. Por fim, confirma-se o papel mediador da regulação emocional na associação entre a vinculação ao par romântico e perpetração de comportamentos abusivos nas relações de intimidade, verificando-se a configuração dos mediadores varia em função da natureza das dimensões de vinculação e de abuso.