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Item Acontecimentos de vida adversos e crescimento pós-traumático : o papel moderador do suporte social(2022) Santiago, João Miguel dos Santos Moreira; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.Apesar da multiplicidade concetual, um acontecimento de vida adverso pode ser definido como um acontecimento que, devido às suas características, é tendencialmente vivido de forma negativa, podendo acarretar consigo consequências negativas para a saúde. Não obstante, é também possível que da vivência de um acontecimento adverso resulte o surgimento de mudanças positivas, designadas pela literatura neste domínio de crescimento pós-traumático. O crescimento pós-traumático corresponde às mudanças a longo-prazo que surgem após o processamento cognitivo e emocional da experiência adversa, originando novas formas de pensar, sentir e agir. Constitui-se como um processo complexo, cuja eficácia é influenciada por uma multiplicidade de fatores, sendo o suporte social um dos fatores mais documentados. O suporte social tem sido reconhecido como um fator importante para a saúde mental dos indivíduos, desempenhando um papel protetor e diminuindo o potencial impacto negativo da adversidade. Pelo exposto, o presente estudo procurou avaliar o papel moderador do suporte social percebido na relação entre a exposição a diferentes acontecimentos de vida adversos e o crescimento pós-traumático. A amostra deste estudo foi constituída por 220 participantes (63.3% do sexo feminino), com idades compreendidas entre os 18 e os 76 anos (M=38.95, DP=15.89). Os resultados revelaram que a maior exposição a diferentes acontecimentos adversos estava associada a níveis reduzidos de crescimento. Adicionalmente, o suporte social percebido moderou a relação entre a exposição à adversidade e o crescimento pós-traumático, demonstrando um efeito protetor particularmente significativo em situações de reduzida exposição. Os resultados deste estudo alertam para a importância de tomar em consideração o funcionamento positivo pós-adversidade, encorajando os profissionais a adotar uma abordagem promocional, em detrimento de uma exclusivamente remediativa, com vista a disponibilizar uma intervenção mais holística e promotora de bem-estar e desenvolvimento pessoal.Item Adaptação da Coping Scale no contexto português : estudo das suas propriedades psicométricas(2021) Costa, Cláudia Marisa Ferreira da; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.O coping é definido como uma resposta consciente que apresenta como propósitos/objetivos, lidar com uma situação de stress (Compas et al., 2001) e diminuir o impacto negativo da mesma (Pearlin & Schooler, 1978), mantendo o equilíbrio psicológico dos indivíduos (Kirchner et al., 2010). As estratégias de coping podem ser classificadas como adaptativas ou não adaptativas (Carver & Connor-Smith, 2010), e medeiam o impacto na saúde mental após uma situação de vida adversa (Shakespeare-Finch et al., 2005). Nesse sentido, estratégias de coping adaptativas estão relacionadas com diminuição do impacto negativo, enquanto que estratégias de coping não adaptativas encontram-se associadas a maiores níveis de stress (DeCuir-Gunby et. al, 2020) e maior impacto negativo (Arble et al., 2018). Apesar do significativo investimento científico no domínio do coping e dos esforços em Portugal na adaptação de medidas de coping, são, ainda, necessárias medidas breves/curtas que avaliem este construto. Assim, o presente estudo pretende preencher a lacuna existente na avaliação do coping, apresentando como objetivo adaptar e providenciar evidências de validade e fidelidade da escala Coping Scale (Hamby et al., 2015) no contexto português, analisando as suas características psicométricas. Participaram neste estudo 744 adultos, com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos (55.2% do sexo feminino), que preencheram um conjunto de instrumentos de autorrelato nomeadamente, o Inventário de Coping, a Escala de Crescimento Pós-traumático e a Escala de Satisfação com a Vida. Os resultados sugerem bons índices de ajustamento e valores adequados de consistência interna para o modelo unidimensional. Estratégias de coping adaptativas encontram-se positivamente correlacionadas com as dimensões de crescimento pós-traumático e de satisfação com a vida e negativamente correlacionadas com estratégias de coping evitante. Em suma, a presente escala aparenta constituir um instrumento de avaliação fiel e válido com potencialidade para o uso na população portuguesa.Item Bem-estar social na idade adulta : adaptação e validação da Social Well-being Scales no contexto português(2016) Silva, Ana Lages; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.A saúde mental envolve não apenas a ausência de problemas mas também o funcionamento ótimo do indivíduo, aqui conceptualizado enquanto bem-estar. Em Portugal, estudos anteriores centraram-se na validação de instrumentos de avaliação do bem-estar psicológico e subjetivo. Tendo em conta a lacuna existente na avaliação do bem-estar social, este estudo teve como objetivo adaptar e validar a Social Well-being Scales (Keyes, 1998) no contexto português. Esta escala mostra-se mais adequada para avaliar detalhadamente as diferentes componentes do bem-estar social, pois permite aferir o bem-estar dos indivíduos inseridos em sociedade, atendendo à avaliação dos próprios. O processo de adaptação e validação envolveu diferentes tipos de validade e a análise de consistência interna. Recorreu-se à escala de satisfação com a vida e a duas dimensões do inventário de sintomas psicopatológicos (e.g., ansiedade e depressão) para avaliar a validade convergente e discriminante, respetivamente. A amostra foi constituída por 322 adultos, entre 18 e 58 anos, maioritariamente do sexo feminino (65.8%). Os dados foram submetidos a uma análise fatorial confirmatória (i.e., validade de constructo), a uma análise de validade com base na relação com outras variáveis (i.e., validade convergente e discriminante) e análise de consistência interna. Ao nível da validade de constructo, os dados revelaram um modelo de cinco fatores (consistentes com o modelo original) com bons índices de ajustamento e valores adequados de consistência interna. A escala correlacionouse convergentemente com a dimensão de satisfação com a vida e discriminantemente com as escalas de depressão e ansiedade. Esta escala poderá assumir-se como um recurso fundamental na avaliação do bemestar, permitindo uma abordagem mais compreensiva da saúde mental dos indivíduos. Nesta sequência, poderá, para além de promover o bem-estar social, facilitar uma intervenção mais eficaz e mais direcionada às necessidades específicas dos indivíduos.Item Jovens “delinquentes” institucionalizados em Portugal : um estudo qualitativo das suas histórias de vida(2017) Teixeira, Silvana Daniela Ventura; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.Não existe uma definição consensual na literatura para o termo “delinquência juvenil”. Na tentativa de explicação deste fenómeno encontra-se na literatura, teorias intra-individuais, da aprendizagem social, sócio-estruturais e desenvolvimentais. Verifica-se a predominância de estudos focados na prevalência e na identificação de factores de risco ou de preditores da delinquência, sendo escassos os estudos que procuram compreender o fenómeno desde o ponto de vista de quem o vivencia, de carácter qualitativo. Assim, surge este estudo no sentido de colmatar esta lacuna, através da análise da história de vida de 9 jovens, do sexo masculino, institucionalizados num Centro Educativo em Portugal. Para aceder aos participantes recorreu-se ao pedido de autorização para recolha de dados no Centro Educativo à DGRSP, onde posteriormente foi obtido o consentimento informado dos jovens e/ou dos seus representantes legais. As entrevistas foram realizadas e gravadas nas instalações do Centro Educativo, com uma duração média entre os 45 e os 120 minutos e transcritas na íntegra, de modo a salvaguardar-se a integridade dos relatos para posterior análise. Os resultados indicam que a família e o grupo de pares assume um papel central na vida dos jovens, apesar das experiências negativas (e.g.: maus-tratos, rejeição, abandono). Os jovens focam ainda a dificuldade e instabilidade decorrentes da institucionalização, assim como os remorsos associados ao cometimento dos comportamentos delinquentes. Salienta-se a influência negativa das experiências adversas no seu autoconceito e a valorização do ideal de família unida e afetuosa.Item O papel moderador do suporte social online entre a solidão e o bem-estar subjetivo(2022) Vieira, Rafaela Ferreira; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.O presente estudo propõe-se estudar o papel moderador do suporte social online, na relação solidão e o bem-estar subjetivo. A amostra deste estudo foi composta por 330 participantes, maioritariamente do sexo feminino (77.5%) com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos (M = 27.25; DP = 9.17). A recolha de dados foi realizada online, tendo-se recorrido, a um breve questionário sociodemográfico; à Escala de Solidão da UCLA; à Escala de Satisfação com a vida; e à Escala do Suporte Social Online. Os resultados obtidos revelaram que quando os indivíduos experienciam níveis superiores de solidão, tendem a apresentar níveis inferiores de bem-estar subjetivo. No entanto, não confirmaram o papel moderador do suporte social na relação entre solidão e bem-estar subjetivo. Este estudo tem como implicações para a prática, o facto de mostrar a importância de os profissionais considerarem as dimensões de funcionamento positivo. Assim, o mesmo contribuiu para que se considerasse as dimensões de funcionamento positivo (BES), bem como uma maior compreensão do suporte social online. Palavras-chave: suporte social; suporte social online; solidão; bem-estar subjetivoItem Parentalidade em contextos de risco e perigo : perceções de um grupo de profissionais(2019) Pereira, Cláudia Sofia Ferreira Cardoso; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.A parentalidade é a tarefa mais desafiante da vida, uma vez que estimula à criação de papéis parentais com vista a satisfazer as necessidades básicas de uma criança/jovem e potencializar um desenvolvimento normativo. Quando o papel parental é colocado em causa, exige uma intervenção dos serviços de proteção, sendo reconhecida a dificuldade dos profissionais envolvidos em intervir e tomar decisões relativas à família. Nesta sequência e, assumindo que a tomada de decisão tem implicações para a intervenção e para o ajustamento das famílias e crianças/jovens envolvidos, torna-se imperativo compreender quais os fatores que influenciam este processo. O presente estudo teve como principais objetivos analisar as perceções e atitudes dos profissionais sobre a parentalidade e o desenvolvimento das crianças/jovens em contextos de risco/perigo, bem como explorar as perceções acerca do papel do Sistema de Promoção e Proteção no ajustamento individual e familiar nestes contextos. A amostra foi constituída por 20 profissionais (85% do sexo feminino) integrados em Comissões de Proteção de Crianças e Jovens da zona norte do país, com idades compreendidas entre os 29 aos 55 anos de idade (M = 43.45; DP = 7.92). O protocolo de instrumentos administrados incluiu um questionário sociodemográfico e uma entrevista semiestruturada. Os dados recolhidos foram analisados de acordo com a análise temática com o recurso ao software de investigação qualitativa QSR Nvivo12. Os resultados permitiram conhecer a perspetiva dos profissionais sobre a parentalidade, bem como da relevância do apoio social e das instâncias formais neste ajuste da parentalidade, contribuindo para a necessidade de existir um maior aprofundamento das dimensões consideradas importantes para assegurar e promover o superior interesse da criança/jovem.Item Perceções e crenças sobre a parentalidade em contexto de migração : um estudo com pais cabo-verdianos em Portugal(2019) Semedo, Helena Isabel Hopffer dos Santos; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.Universalmente, um dos objetivos dos pais consiste na promoção do bem-estar e desenvolvimento pleno da criança, essencialmente no exercício da parentalidade. Com o presente estudo pretende-se explorar as perceções e crenças dos Cabo-verdianos imigrantes em Portugal, sobre a parentalidade, sobre o desenvolvimento das crianças/jovens e sobre o papel do sistema de apoio no ajustamento individual e familiar. Neste estudo participaram 14 pais imigrantes de ambos os sexos, com a idade compreendida entre 20 e 45 anos (M = 30.1 anos, DP = 4.95). O estudo é de caráter qualitativo e realizado através de uma entrevista semiestruturada, seguido de uma análise temática. De acordo com os resultados obtidos, os pais Cabo-verdianos imigrantes em Portugal consideram a parentalidade crucial para um desenvolvimento saudável de uma criança. Salientam, no entanto, que o exercício parental em contexto de migração é particularmente desafiante na medida em que o processo de adaptação e integração no país de acolhimento poderá constituir-se como um fator determinante na qualidade da parentalidade.Item Perceções sobre parentalidade em contextos de risco: um estudo na comunidade(2021) Rodrigues, Leticia Gonçalves; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.O presente estudo teve como objetivo principal explorar as perceções acerca da parentalidade em contextos de risco sob a perspetiva de pais integrados na comunidade e não sinalizados pelo sistema de promoção e proteção. Dezasseis pais (43.8% do sexo masculino e 56.3% do sexo feminino), com idades compreendidas entre os 24 e os 42 anos (M = 33.7; DP = 4.8) realizaram uma entrevista semiestruturada composta, essencialmente, por questões abertas. Os dados recolhidos foram analisados de acordo com a análise temática com o recurso ao software de investigação qualitativa QSR Nvivo12. Foi, ainda, utilizado um questionário sociodemográfico com o objetivo de recolher dados para a caracterização dos participantes, analisados posteriormente no software IBM SPSS Statistics 25. Resultaram cinco temas, nomeadamente: parentalidade ideal, parentalidade em contextos de riso, desenvolvimento saudável, desenvolvimento em contexto de risco e sistema de apoio formal, ancorados a três temas centrais (parentalidade, desenvolvimento da criança e sistema de apoio formal). Os dados obtidos contribuíram para um maior conhecimento sobre as perceções da comunidade acerca da parentalidade em contextos de risco. Mais especificamente, sobressaiu uma visão algo negativa das crianças sinalizadas e das suas famílias, bem como algum desconhecimento face ao sistema de promoção e proteção. Por fim, foram discutidas implicações para a intervenção neste domínio.Item Relação entre memórias de infância e representações Sociais face à parentalidade de homens reclusos(2022) Marques, Bruna Daniela Ferreira; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.O objetivo principal do presente estudo passou por analisar a relação entre as memórias de infância e representações relativas à parentalidade, considerando o caso específico de homens reclusos. A amostra foi constituída por 252 participantes maioritariamente do sexo feminino (M = 71.4%), com idades compreendidas entre os 18 e os 72 anos (M = 28.32, DP = 9.82). Foi realizada uma recolha de dados online que incluiu instrumentos tais como um questionário sociodemográfico, o Maternal Behavior Q-Sort (MBQS) e o Eggna Minnen Beträffande Uppfostran (EMBU). Os resultados mostraram que as mulheres possuem mais representações acerca daquilo que consideram ser uma parentalidade ‘ideal’. Para além disto, no que se refere ao papel preditivo das memórias de infância nas representações negativas face à parentalidade de homens reclusos, os resultados concluíram que as memórias de infância predizem as representações negativas face a este grupo. Mais especificamente verificou-se que mais memórias de rejeição do pai predizem mais representações negativas face à parentalidade de homens reclusos e mais memórias de rejeição da mãe predizem menos representações negativas face à parentalidade de homens reclusos. O presente estudo contribuiu para a produção de conhecimento científico numa temática que é, ainda, pouco explorada, as representações sociais face à parentalidade em grupos de risco, com enfoque nos homens reclusos. Este conhecimento acarreta implicações a nível social e da prática profissional acentuando a necessidade de desconstruir e (re)concetualizar as representações e até mesmo estereótipos que possam existir em relação ao exercício da parentalidade por homens reclusos.Item Representações sociais da parentalidade de homens reclusos : o papel da empatia(2023) Lopes, Daniela Alexandra Guerner; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.O objetivo principal do presente estudo consistiu em analisar o papel da empatia nas representações sociais relativamente à parentalidade de homens reclusos. A amostra do estudo foi constituída por 336 participantes, maioritariamente do sexo feminino (88.7%), com idades compreendidas entre os 18 e os 61 anos (M= 30.87; DP= 7.57). A recolha de dados ocorreu online, com recurso aos seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico; Maternal Behavior Q-Sort (MBQS) e a Escala de Empatia. Os resultados sugerem que as representações de parentalidade de adultos reclusos são, significativamente, menos favoráveis comparativamente com as representações de parentalidade ideal. As mulheres apresentaram níveis mais elevados nas representações acerca da parentalidade “ideal”, assim como os indivíduos com experiência parental e os indivíduos com níveis de empatia mais elevados. No entanto, a relação da empatia com as representações negativas de homens reclusos não se revelou estatisticamente significativa. Os resultados deste estudo contribuíram para um maior conhecimento acerca das representações sociais face à parentalidade em contextos de risco, nomeadamente face a homens reclusos.Item Representações sociais da parentalidade de homens reclusos: o papel do sexismo(2023) Rodrigues, Cláudia Isabel Simões; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.O objetivo primordial deste estudo prendeu-se com a análise do papel preditor do sexismo para as representações sociais relativamente à parentalidade de homens reclusos. A amostra foi constituída por 302 participantes, maioritariamente do sexo feminino (88.3%), com idades compreendidas entre os 18 e os 68 anos (M= 30.92; DP= 7.83). A recolha de dados ocorreu online, com recurso aos seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico; Maternal Behavior Q-Sort (MBQS) e o Inventário do Sexismo Ambivalente. Os resultados evidenciaram que os indivíduos com mais representações acerca da parentalidade “ideal” apresentaram mais representações negativas face à parentalidade de homens reclusos. Para além disto, as mulheres apresentaram mais representações acerca da parentalidade “ideal”. No que concerne ao papel preditor do sexismo nas representações sociais negativas face à parentalidade de homens reclusos, os resultados revelaram que o sexismo não prediz as representações negativas da parentalidade deste grupo específico. Os resultados deste estudo contribuíram para o crescente conhecimento das representações sociais da parentalidade nos contextos de reclusão, mais especificamente, em relação aos homens reclusos. Palavras-chave: Representações Sociais; Parentalidade; Sexismo; Homens ReclusosItem Solidão e psicopatologia : o papel moderador do suporte social (in person e online)(2021) Vilas Boas, Patrícia Raquel Araújo; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.O suporte social online suscita cada vez mais interesse na literatura científica a nível internacional, contudo, a nível nacional, necessita de maior investimento científico. A literatura é globalmente consensual sobre o papel do suporte social in person ao nível do funcionamento psicológico, no entanto, o papel do envolvimento em redes sociais e do suporte social online é ainda uma questão controversa. Neste sentido, este estudo pretendeu testar o papel moderador do suporte social (in person e online) na relação entre solidão e psicopatologia (depressão e ansiedade). A amostra foi constituída por 396 participantes, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 61 anos (M = 28.80, DP = 9.84). Os resultados obtidos evidenciaram uma correlação entre suporte social (in person e online) e sintomatologia psicopatológica, nomeadamente ao nível da ansiedade e depressão. Foram, ainda, obtidos efeitos de moderação estatisticamente significativos na relação entre a solidão e a depressão moderada, pelo envolvimento nas redes sociais (B=.0223; p=.030). Os resultados apontam para a necessidade de se continuar a investir numa abordagem mais compreensiva do papel do suporte social online.Item Stalking pós-rutura e sintomatologia psicopatológica: o papel moderador do suporte social online(2022) Pereira, Eduarda Loureiro; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.A investigação é consensual e consistente no que se refere ao impacto negativo das experiências de stalking pós-rutura, nomeadamente, no que se refere ao desenvolvimento de sintomatologia psicopatológica, como ansiedade e depressão. O investimento empírico, tanto a nível nacional como internacional, tem privilegiado a análise das consequências negativas das experiências de vitimação e negligenciado o papel dos fatores protetores nesta relação, nomeadamente, o suporte social online. Embora o suporte social online seja alvo de investimento científico em alguns países, noutros, incluindo Portugal, este domínio da investigação permanece quase inexplorado. O presente estudo tem como objetivo fulcral compreender o papel moderador do suporte social online na relação entre experiência de vitimação por stalking pós-rutura e sintomatologia psicopatológica. A amostra foi constituída por 200 participantes adultos, dos quais 154 eram do sexo feminino (77.4 %) e 45 do sexo masculino (22.6 %), com idades compreendidas entre os 18 e os 56 anos (M = 25.05, DP = 5.63). Para a concretização do estudo os dados foram recolhidos online, através da aplicação de um questionário sociodemográfico, do Inventário de Vitimação por Stalking, da versão adaptada do Inventário de Sintomas Psicopatológicos e da versão traduzida do Online Social Support Scale. Os resultados obtidos não relevaram efeitos de moderação estatisticamente significativos. Contudo, foi possível constatar que existem efeitos diretos na relação entre sintomatologia ansiosa, stalking pós-rutura e suporte informacional apenas presente no subgrupo da amostra composto por vítimas. Este estudo reforçou a necessidade de um maior investimento ao nível da investigação neste domínio, dando importância não só às idiossincrasias deste tipo específico de vítimas, como às suas necessidades e às potencialidades do suporte social onlineItem Violência e funcionamento psicológico na adolescência : o papel moderador do suporte social(2018) Moreira, Patrícia Daniela Matos; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.A adolescência é um período do desenvolvimento humano caracterizado por mudanças físicas, psicológicas e sociais, que são influenciadas pelas experiências vivências pelos adolescentes. Experiencias essas que podem ser positivas ou negativas que podem ser influenciadoras do sentimento de bem-estar do adolescente. Assumindo-se uma perspetiva multidimensional de Saúde Mental, é importante considerar não apenas dimensões negativas do funcionamento, mas também a dimensão do BE, essencial para uma análise integradora do funcionamento psicológico individual. Assim, o objetivo geral deste estudo é testar o papel moderador do Suporte Social na predição do funcionamento psicológico dos adolescentes, tendo como variável antecedente a experiência de violência A amostra deste estudo foi constituída por 116 participantes com idades compreendidas entre os 10 e os 18 anos (M = 16.19; DP=1,69) e de ambos os sexos (Feminino = 66.4%, Masculino = 33.6%). Quando os jovens experienciam níveis elevados de violência psicológica e reduzido suporte social, tendem a apresentar níveis mais reduzidos de bem-estar psicológico, nomeadamente de Aceitação de Si e Domínio do Meio. Do mesmo modo, apesar dos níveis elevados de violência psicológica experienciados pelos jovens, quando percecionam níveis elevados de suporte social, estes tendem a apresentar níveis mais elevados de bem-estar psicológico.Item Violência obstétrica: estudo qualitativo sobre conceções e significados no contexto português(2023) Leite, Elisa Jerónimo Aires; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.A violência obstétrica é caracterizada por práticas de maus-tratos no contexto da saúde reprodutiva da mulher. Efetivamente, a investigação atual sugere que mulheres em todo o mundo experienciam algum tipo de maus-tratos durante o parto. Para a melhor compreensão do fenómeno em Portugal, o presente estudo, pretendeu, através de uma abordagem qualitativa, identificar as dinâmicas da experiência de vitimação e o subsequente impacto percebido das mulheres nos diferentes domínios do seu funcionamento. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com dezanove mulheres residentes em Portugal, com idades compreendidas entre 22 e os 41 anos (M=33.2; DP=1.1), que solicitaram ajuda e/ou informação junto de instituições de apoio a este tipo de vítimas. Os dados recolhidos foram analisados de acordo com a análise temática, com recurso ao software QSR Nvivo10. Da análise resultaram seis temas centrais, nomeadamente a experiência de maus-tratos, impacto psicológico para a vítima, processo de reconhecimento da vitimação, estratégias de coping, fatores precipitantes e outras dimensões do impacto da vitimação. Os resultados obtidos contribuíram para um maior conhecimento sobre as dinâmicas que permeiam a experiência abusiva e os impactos psicológicos resultantes da experiência de vitimação, sobretudo as dimensões subjetivas do impacto. Por fim, foram discutidos aspetos que determinaram o reconhecimento da vitimação e as estratégias de coping assumidas.Item Vitimação e bem-estar na infância e adolescência: uma revisão sistemática da literatura(2018) Pereira, Ana Catarina Soares; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.Com este trabalho pretende-se explorar a relação entre experiências de vitimação e bem-estar na infância e adolescência. Considerando que, a saúde mental não envolve apenas a ausência de problemas, mas também o funcionamento ótimo do indivíduo, aqui conceptualizado enquanto bem-estar, é necessária uma abordagem mais abrangente desta temática. Desta forma, a presente revisão teve como principais objetivos: 1) sistematizar a evidência empírica reunida sobre a relação entre experiências de Vitimação na infância / adolescência e bem-estar nessas fases de vida; 2) contextualizar tais evidências nas principais perspetivas teóricas do BE: hedónica e eudaimónica; 3) explorar e discutir as opções metodológicas e medidas utilizadas para avaliar experiências de vitimização e bem-estar; 4) discutir criticamente os pontos fortes e as limitações desses estudos. Do presente trabalho conclui-se que os estudos neste domínio são, ainda, escassos, mostrando-se necessário um maior investimento científico no estudo da relação entre experiências de vitimação e bem-estar.Item Vitimação e bem-estar subjetivo: o papel moderador da construção de significado(2023) Silva, Luciana Fernandes; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.A investigação sobre o impacto da vitimação juvenil na saúde mental tem-se focado, essencialmente, na dimensão psicopatológica e menos na dimensão de funcionamento positivo. Assumindo uma concetualização multidimensional da saúde mental, é fundamental investir, também, no estudo do impacto da vitimação no funcionamento positivo, mais especificamente no bem-estar subjetivo. Adicionalmente, a literatura aponta para a necessidade de uma abordagem mais compreensiva do impacto destas experiências no sentido de esclarecer o papel de alguns fatores que podem influenciar a relação entre vitimação e bem-estar, sendo um destes fatores a construção de significado. Nesta sequência, o presente estudo procurou analisar o papel moderador dos recursos de construção de significado na relação entre a vitimação na infância e adolescência e o bem- estar subjetivo na idade adulta. A amostra constituiu-se por 206 participantes (78.6 % do sexo feminino), com idades compreendidas entre os 18 e os 63 anos (M=28.9, DP=10.26). Os dados foram recolhidos online, através da aplicação de um questionário sociodemográfico, e versões adaptadas do Questionário de Vitimação Juvenil, do Questionário de Bem-estar Subjetivo e do Questionário de Construção de Significado (auto-orientado). Os resultados revelaram que a maior exposição a vitimação estava associada a níveis inferiores de bem-estar subjetivo. Além disso, confirmou-se o efeito moderador da construção de significado numa subamostra de polivítimas na relação entre a vitimação e o bem-estar subjetivo. Mais especificamente, constatou-se que as polívitimas apresentam níveis superiores de bem-estar subjetivo, na presença de mais recursos para a construção de significado. Os resultados deste estudo ressaltam a importância da inclusão do bem-estar no domínio da investigação para uma compreensão mais holística do funcionamento positivo do indivíduo, após a experiência de vitimação, salientando, também, a necessidade de a construção de significado ser uma dimensão a considerar na intervenção psicológica. Palavras-chave: Vitimação; Bem-Estar Subjetivo; Construção de SignificadoItem Vitimação e funcionamento psicológico na adolescência: o papel mediador do suporte social(2018) Neves, Cláudia Sofia Monteiro; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.A violência na adolescência tem impacto no funcionamento psicológico e bem-estar das vítimas. Este trabalho considera a violência numa perspetiva holística e multidimensional e pretende estudar a violência e funcionamento psicológico na adolescência e o papel mediador do suporte social. Nesta sequência, o protocolo envolveu um questionário sociodemográfico, um questionário para avaliar experiências de vitimação na idade adulta (QUEVIA), escala de suporte social (MSPSS), escalas de avaliação de sintomatologia de internalização (EADS), de externalização (ASRDS) e de bem-estar psicológico (EBEP). A amostra foi constituída por 114 adolescentes, do sexo masculino e feminino, com idades entre os 15 e 18 anos. Os resultados encontrados evidenciam a existência de mediação entre a violência Psicológica e depressão, bem como entre a violência psicológica e uma dimensão do bem-estar. Nos dois casos o mediador revelou-se ser o suporte social familiar percebido. Estes resultados evidenciam a relevância do suporte social (e mais especificamente o familiar) no contexto da vitimação na infância e adolescência, quer para a intervenção psicológica individual, quer para o desenvolvimento de programas de prevenção.Item Vitimação e funcionamento psicológico na adolescência: o papel moderador do número de experiências de violência(2019) Fonseca, Ana Sofia de Jesus Marinho; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.A violência na adolescência, é um fenómeno, com forte influência a nível do funcionamento e bem-estar psicológico. Nesta sequência, o presente estudo teve como principal objetivo testar o papel moderador do número de diferentes experiências de violência sofridas na predição do funcionamento psicológico atual aqui conceptualizado em termos de (I) Sintomatologia Psicopatológica (internalização e externalização) e (II) Bem-Estar Psicológico, tendo como variável antecedente a experiência de vitimação durante o último ano. A amostra foi constituída por 114 participantes de ambos os sexos com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos (M=16.5; DP=1.02), maioritariamente portugueses e residentes nos distritos do Porto. Os resultados evidenciam a relação entre experiências de vitimação e funcionamento psicológico na adolescência, demonstrando que o número de experiências de violência tem um papel moderador em tal relação, mais especificamente, na relação entre violência física e a ansiedade e na relação entre a violência sexual e os crimes relacionados com álcool e drogas. De igual modo, verifica-se uma correlação negativamente significativa entre a violência psicológica e os domínios do BEP, no que diz respeito ao domínio do meio e aceitação de si.Item Vitimação e funcionamento psicológico na idade adulta : o papel moderador do estatuto social subjetivo(2017) Silva, Sara Oliveira; Antunes, Carla Margarida Vieira, orient.A investigação no âmbito do impacto psicológico associado às experiências de vitimação tem-se centrado fundamentalmente nas consequências negativas e menos nas dimensões de funcionamento psicológico adaptativo. Por outro lado, vários estudos têm verificado uma relação significativa entre o Estatuto Social Subjetivo e indicadores de saúde física ou mental, no entanto, são inexistentes estudos que consideraram o ESS na compreensão do impacto decorrente das experiências de vitimação. Neste sentido, o presente estudo propôs-se a testar o papel moderador do Estatuto Social Subjetivo (ESS) na predição do funcionamento psicológico atual, tendo como variável antecedente a experiência de vitimação durante o último ano. A amostra foi constituída por 381 participantes, com idades compreendidas entre os 18 e os 67 anos de idade (M= 34; DP= 10,63), sendo que a maioria era do sexo feminino (52.8%). Em termos de instrumentos recorreu-se a um questionário sociodemográfico para recolher informação sociodemográfica e a avaliação individual do Estatuto Social Subjetivo, a um questionário de autorrelato para avaliar experiências de vitimação na idade adulta (QUEVIA), a uma escala de Bem-Estar Psicológico (EBEP) para avaliar indicadores de bem estar, e a um inventário de sintomas psicopatológicos (BSI) para avaliar sintomatologia de depressão e ansiedade. Os resultados confirmaram o papel moderador do ESS, demonstrando que em condições de elevado ESS, resultam níveis inferiores de sintomatologia depressiva e níveis superiores de Bem Estar Psicológico, particularmente no que respeita à dimensão de autonomia.