Mestrado em Psicologia Social e das Organizações
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Percorrer Mestrado em Psicologia Social e das Organizações por assunto "BEM-ESTAR"
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Item A conexão com a natureza e suas relações com o self(2022) Ruckert, Cátia Elisa; Loureiro, Ana Luisa Cardoso Marques Teixeira, orient.A exposição e conexão com a natureza estão intimamente relacionadas com o bem-estar do indivíduo e muitas pesquisas sugerem o resgate desta conexão para uma melhor qualidade de vida. Para além de proporcionar esses benefícios para a saúde, esta conexão com a natureza está diretamente ligada ao Self, ao funcionamento do “Eu” de cada indivíduo. Este estudo insere-se no âmbito de uma colaboração da EPCV/ULHT com a Université Paris Nanterre (França) e National Research University Higher School of Economics (Rússia) e teve como objetivo verificar qual a conexão que as pessoas têm com a natureza e se esta conexão está ligada ao Eu centrado ou descentrado. Para isso, foi realizada uma pesquisa com a aplicação de um questionário a participantes com idade superior a 18 anos e residentes em Portugal. Além de questões sociodemográficas, o questionário contou com oito escalas que estavam a medir a conexão com a natureza, o compromisso com o comportamento ecológico e a auto-medida centrada e descentrada. Os resultados permitiram a identificação de uma conexão positiva com a natureza por parte dos participantes e confirmar que esta conexão está ligada ao Eu descentrado de cada um.Item Consequências da ameaça de estereótipo de género no comprometimento organizacional e bem-estar dos colaboradores : um estudo experimental(2019) Lourenço, Ana Isabel de Campos; Bianchi, Mauro, orient.Vários autores têm encontrado um efeito de ameaça de estereótipo (AE), isto é, a preocupação de confirmar ou ser reduzido a um estereótipo negativo sobre o próprio grupo de pertença (Spencer, & Aronson, 2002). No seguimento desses mesmos trabalhos, a presente dissertação teve como objetivo estudar este fenómeno em contexto organizacional, explorando os efeitos de ameaça de estereótipo ligado ao gênero nos níveis de comprometimento organizacional e de bem-estar dos colaboradores. Para isso foi desenvolvido um estudo experimental, sustentado na manipulação dos níveis de AE entre 130 colaboradores de várias empresas portuguesas, 69 do sexo feminino e 61 do sexo masculino. Contrariamente ao esperado, esta manipulação não surtiu efeito nas perceções de AE dos participantes mas, ainda assim, as mulheres relataram níveis superiores de AE em comparação com os homens. Consequentemente, tanto o bem-estar como o comprometimento normativo das participantes revelaram-se negativamente afetados pela AE. Por fim as correlações entre as variáveis demonstraram que o bem-estar e o comprometimento organizacional estão positivamente associados para ambos os sexos. Estes resultados foram discutidos e as considerações finais sugerem o que se pensa ser uma melhor estratégia para a replicação deste estudo.Item O contexto de trabalho e a perceção do bem-estar individual: o papel do espaço natural(2019) Hîncu, Elena; Loureiro, Ana Luísa Cardoso Marques Teixeira, orient.O contexto de trabalho e a perceção do bem-estar são aspetos que demonstram ter uma incidência na satisfação individual nomeadamente através do contacto com elementos naturais. O estudo insere-se no âmbito de uma colaboração da EPCV/ULHT com a Université de Nantes. Há evidências científicas dos benefícios que o contacto com elementos naturais, inclusive em ambientes urbanos, leva ao bem-estar e qualidade de vida dos indivíduos. O presente estudo pretende compreender se o contato com elementos naturais no contexto de trabalho se traduzem em níveis de bem-estar e qualidade de vida mais elevados e se o grau de ligação à natureza dos indivíduos influencia esses níveis em ambientes físicos. Responderam 221 participantes ao questionário online divulgado nas redes sociais, sendo de carácter local pelo que só foram analisadas as respostas dos habitantes da cidade de Lisboa. Os resultados não demonstraram uma relação significativa entre a visualização de elementos naturais do contexto de trabalho e o bem-estar nem quando se considera o papel da ligação à natureza. No entanto, o contacto com ambientes naturais em geral e no contexto de trabalho parece favorecer os indivíduos no seu bem-estar e qualidade de vida.Item Efeitos da exposição a cenários naturais virtuais em ambientes de saúde na redução da ansiedade: papel moderador da ligação à natureza(2017) Tavares, Patrícia Maria Cristóvão; Loureiro, Ana Luísa Cardoso Marques Teixeira, orient.A exposição a cenários naturais aumenta o bem-estar dos indivíduos, diminuindo a sua ansiedade mesmo em contextos stressantes como é o caso dos contextos em saúde, onde o aumento do bem-estar pode ter um impacto positivo na recuperação dos indivíduos e na realização de tratamentos. Há alguma evidência científica de que os efeitos do contacto com a natureza e os benefícios descritos na literatura são muitas vezes moderados pelo grau de ligação à natureza dos sujeitos, sendo que quanto maior a ligação à natureza maiores os efeitos. O presente estudo pretende perceber se a exposição a cenários da natureza (através de vídeo) apresenta um efeito redutor da ansiedade num contexto de saúde real (durante um tratamento a decorrer numa clínica dentária) e se o grau de ligação à natureza dos indivíduos influencia esse efeito das imagens de cenários naturais. Participaram 34 pacientes de uma clínica dentária em duas condições (exposição a vídeo e não exposição a vídeo). Os resultados não demonstraram uma relação significativa entre a visualização de vídeos e a ansiedade mesmo quando consideramos o papel da ligação à natureza. No entanto, o grau de ligação a esta parece moderar a relação entre a exposição a cenários naturais e o grau de dor sentido durante o procedimento. Esta relação é particularmente relevante considerando que se trata de um contexto de saúde.Item Espaços naturais virtuais e bem-estar : um estudo com medidas psicofisiológicas(2022) Alves, Hugo Miguel Mateus Pinheiro; Loureiro, Ana Luísa Cardoso Marques Teixeira, orient.Este estudo tem como objetivo perceber como é que os ambientes naturais e urbanos se relacionam com o bem estar e no qual serão usadas medidas psicofisiológicas. Os ambientes urbanos aumentam os níveis de stress e ansiedade dos sujeitos por serem ambientes que contêm muitos estímulos para que tal aconteça, como por exemplo, o trânsito. Ao contrário dos ambientes naturais que fazem o efeito oposto, vários estudos apontam para que quando um sujeito é exposto a um ambiente natural, não só reduz os níveis de stress como, por exemplo, o batimento cardíaco acalma. Atualmente existem provas de que um sujeito que resida ou trabalhe num ambiente natural é mais feliz do que um sujeito que resida ou trabalhe num ambiente urbano. Nos vários estudos de diferentes autores apresentados ao longo do trabalho, existem relatos de que ambientes com água e com espaços verdes têm melhor resposta dos participantes a todos os aspetos, como será possível perceber no decorrer na dissertação. É realizado um estudo experimental onde é investigado se cada tipo de ambiente tem efeitos diferentes ao nível do bem-estar que produzem. A hipótese deste estudo é que as pessoas com um maior acesso à natureza virtual irão ter uma melhoria de níveis de bem-estar. O resultado desta investigação tem implicações que se podem aplicar em diversos contextos (desenvolvimento urbano, clínico, de intervenção social, em contexto de trabalho, entre outros). Palavras-chave: ambiente natural, bem-estar, medidas psicofisiológicas, realidade virtualItem Relação entre a natureza e o bem estar(2022) Vaz, Diogo Miguel Casaca; Loureiro, Ana Luisa Cardoso Marques Teixeira, orient.Este estudo tem como objetivo perceber como é que os ambientes urbanos e naturais afetam a nossa vida, bem como a nossa atenção, stress e ansiedade. Os ambientes urbanos aumentam os níveis de stress e ansiedade dos sujeitos por serem ambientes que contêm muitos estímulos para que tal aconteça, como por exemplo, o trânsito. Ao contrário dos ambientes naturais que fazem o efeito oposto, vários estudos apontam para que quando um sujeito é exposto a um ambiente natural, não só reduz os níveis de stress como o batimento cardíaco acalma etc. Atualmente existem provas de que um sujeito que resida ou trabalhe num ambiente natural é mais feliz do que um sujeito que resida ou trabalhe num ambiente urbano. Nos vários estudos de diferentes autores apresentados ao longo do trabalho, existem relatos de que ambientes com água e com espaços verdes têm melhor resposta dos participantes a todos os aspetos como será possível perceber no decorrer na dissertação. Palavras-chave: ambiente natural, bem-estar, realidade virtualItem Representações sociais : a sua relação com a gestão de stress e qualidade de vida no trabalho em profissionais das forças de segurança(2021) Rodrigues, Sónia Cristina Mota; Rodrigues, Maria de Fátima Oliveira, orient.Esta investigação visa explorar a possível relação entre a representação social da profissão e a manifestação do stress ocupacional nos agentes de diversas Forças de Segurança, tendo em conta as suas duas vertentes: o distress e o eustress, assim como avaliar a eficácia das estratégias utlizadas para fazer face aos eventos stressores da profissão. Especificamente, procura compreender o tipo de stress percecionado pelos elementos das organizações e, se a representação social da profissão tem alguma relevância na classificação do evento e na eficácia das estratégias utilizadas em resposta ao mesmo. Consiste numa investigação de cariz qualitativo, não experimental, com um caráter exploratório e descritivo (Given, 2008) e, para esta análise recorreu se ao modelo holístico de stress de Nelson & Simmons (2003). Este modelo assume particular relevância no estudo desta população profissional, porque existem muitas referências ao forte impacto do stress no trabalho destes profissionais (McGowan, DianneGardner, & Fletcher, 2006) e, alguns estudos apontam também no sentido da vivência de eustress no exercício desta profissão (Azevedo, 2017). Sendo que essa vivência parece estar associada ao reconhecimento da profissão, questionou-se se a própria representação social da profissão poderia constituir um fator moderador entre as exigências da profissão e a vivência de eustress ou distress, com o subsequente impacto nas estratégias de abordagem utilizadas pelos profissionais e consequências na qualidade de vida. Mais especificamente, pretende-se apreciar em que medida estas representações sociais podem constituir um mecanismo de suporte nestas profissões, com elevado risco de burnout e mal-estar psicológico (Aster, 2008; Cintas & Sprimont, 2011; Serra, 2005). Também a abordagem psicológica da gestão de stress (Lazarus & Folkman, 1980) será importante para a análise, na medida em que se concetualizou que as representações sociais sobre a profissão e instituição constituirão um elemento relevante de análise primária para a identificação do contexto profissional como stressante. Na medida em que as representações sociais constituem uma interface entre o indivíduo e a sociedade, congregando dinâmicas sociológicas e psicológicas, pareceu ser um conceito de particular utilidade para o estudo destas profissões onde a vivência profissional é fortemente determinada pelo social. Sendo as representações sociais construções que permitem ao indivíduo entender o mundo em seu redor, comunicar e definir comportamentos adequados a cada situação, considerou-se relevante analisar o trabalho psicológico individual de negociação e adaptação dos profissionais às contingências do seu trabalho (Malczewski, 2013; Moscovici, 2007; Ramos & Novo, 2002; Vala, 1993) Paralelamente foram investigadas estratégias de coping (Folkman & Lazarus, 1988), bem como outros fatores individuais e organizacionais, respetivamente protetores e potenciadores de stress ocupacional. Com estes objetivos em mente foram conduzidas 103 entrevistas semiestruturadas a uma amostra de conveniência de elementos de três Forças de Segurança – PSP, GNR e Polícia Municipal. Os conteúdos das respostas foram sujeitos a uma análise de conteúdo qualitativa e quantitativa assim como a uma análise temática (Vala, 1986). A análise de conteúdo compreende procedimentos especiais para o processamento de dados científicos e constitui uma metodologia de pesquisa usada para descrever e interpretar o conteúdo de documentos e textos (Bardin, 2011). E, a analise temática é um método de análise qualitativa de dados para identificar, analisar, interpretar e relatar padrões (temas) a partir de dados qualitativos, sendo que possui características semelhantes a procedimentos também adotados na análise qualitativa (Braun & Clarke, 2016). Os resultados obtidos mostraram apoio a três das hipóteses colocadas e relacionadas com o modelo holístico de stress de Nelson e Simmons (2003). Indivíduos com uma representação social positiva evidenciaram uma predominância de eustress e de estratégias de savoring e indivíduos com uma representação social negativa evidenciaram uma predominância de estratégias de coping, no entanto, não evidenciaram uma predominância de distress. Ambas as hipóteses colocadas com base no modelo transacional de stress de Lazarus e Folkman (1984) não foram apoiadas pelos dados recolhidos, ou seja, indivíduos com uma representação social positiva não classificam maioritariamente os eventos como positivos ou irrelevantes e, numa avaliação secundária dos mesmos também não evidenciam uma perceção de maior disponibilidade de recursos pessoais para lidar com a situação.