Mestrado em Psicologia Social e das Organizações
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Percorrer Mestrado em Psicologia Social e das Organizações por autor "Bianchi, Mauro, orient."
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Item Análise do multiculturalismo e da assimilação na dinâmica organizacional que envolve trabalhadores dos grupos minoritários étnicos e majoritário em Portugal(2022) Oliveira, Diana Tavares de; Bianchi, Mauro, orient.A complexidade das relações nas organizações de trabalho tem sido estudada há algum tempo pela ciência organizacional, com o intuito de compreender as variáveis psicológicas relacionadas entre o indivíduo, o coletivo e o ambiente em que estão inseridos. Entretanto, com o avanço tecnológico, rompimento das fronteiras e consequentemente, a globalização, têm se tornado um desafio para os estudiosos avaliar toda a dinâmica que surge com essa interação global. O presente estudo após uma extensa pesquisa no campo da diversidade nas relações de trabalho, propôs investigar os impactos da aculturação (ex.: atitudes face ao multiculturalismo e á assimilação) nos resultados de trabalho (ex.: satisfação no trabalho e intenção de turnover) levando em consideração conjuntamente a identificação dos colaboradores com a organização e seus grupos nacionais (ex.: dupla identidade). Os presentes dados foram coletados através de um questionário on-line, criado na plataforma Qualtrics. Os resultados indicam a existência de um efeito total significativo do multiculturalismo com a satisfação no trabalho para o grupo majoritário, contrariamente ao grupo minoritário. Já a assimilação não indica a existência do mesmo efeito com a satisfação no trabalho em ambos os grupos, mas os resultados indicam a existência de um efeito total significativo da assimilação com a intenção de saída no grupo minoritário. Por outro lado, o multiculturalismo e a assimilação, não são preditores significativos da dupla identidade e os efeitos indiretos de ambos, mediado pela dupla identidade, não são significativos nos resultados no trabalho (satisfação no trabalho e intenção de sair). Contudo, por se tratar de um tema relevante meio a diversidade global atual, aconselha-se investigações sobre o tema utilizando uma amostragem mais significativa.Item Comportamento e relações intergrupais: a relação entre contacto e preconceito numa amostra de estudantes universitários(2017) Pascoal, Helena Nelma Pedro; Bianchi, Mauro, orient.A pertença aos grupos sociais reflete-se a todos os aspetos da nossa vida cotidiana, das mais básicas às mais complexas formas de relacionamento intergrupal, quer seja na escola, no trabalho, na vida pessoal, todos passamos por este processo. Com a diversificação de grupos nasce também diversificação de normas, crenças e valores e consequentemente atitudes. Dado à realidade portuguesa enquanto sociedade multicultural, torna-se extremamente pertinente perceber quais os fatores que podem intervir nas relações entre os diversos grupos. Neste contexto, o presente trabalho pretende estudar os processos intergrupais, mais especificamente a relação entre o contacto e o preconceito. Foi utilizado um conjunto de escalas para a recolha dos dados de participantes de dois grupos identificados como brancos e negros (N = 100). As escalas visam analisar o preconceito implícito e explicito, as emoções face ao exogrupo, a frequência de contacto e proximidade física mantida tanto com o exo como o endogrupo. E os resultados obtidos corroboram aos existentes na literatura que confirma a preferência pelo contacto com endogrupo e a relação negativa entre o contacto com exogrupo e o preconceito, confirmando que quanto mais contacto existir entre os grupos menor será a tendência a atitudes negativas. Estes resultados são discutido com base na teoria do contacto de Allport.Item Consequências da ameaça de estereótipo de género no comprometimento organizacional e bem-estar dos colaboradores : um estudo experimental(2019) Lourenço, Ana Isabel de Campos; Bianchi, Mauro, orient.Vários autores têm encontrado um efeito de ameaça de estereótipo (AE), isto é, a preocupação de confirmar ou ser reduzido a um estereótipo negativo sobre o próprio grupo de pertença (Spencer, & Aronson, 2002). No seguimento desses mesmos trabalhos, a presente dissertação teve como objetivo estudar este fenómeno em contexto organizacional, explorando os efeitos de ameaça de estereótipo ligado ao gênero nos níveis de comprometimento organizacional e de bem-estar dos colaboradores. Para isso foi desenvolvido um estudo experimental, sustentado na manipulação dos níveis de AE entre 130 colaboradores de várias empresas portuguesas, 69 do sexo feminino e 61 do sexo masculino. Contrariamente ao esperado, esta manipulação não surtiu efeito nas perceções de AE dos participantes mas, ainda assim, as mulheres relataram níveis superiores de AE em comparação com os homens. Consequentemente, tanto o bem-estar como o comprometimento normativo das participantes revelaram-se negativamente afetados pela AE. Por fim as correlações entre as variáveis demonstraram que o bem-estar e o comprometimento organizacional estão positivamente associados para ambos os sexos. Estes resultados foram discutidos e as considerações finais sugerem o que se pensa ser uma melhor estratégia para a replicação deste estudo.Item Efeito da ameaça de estereótipo de género : suas consequências e relação com a satisfação e o engagement no trabalho(2021) Monteiro, Maria de Fátima; Bianchi, Mauro, orient.A constatação de alguma existência de escassez de estudos sobre os efeitos de ameaça de estereótipo no âmbito organizacional e de estudos publicados que avaliem a relação entre ameaça de estereótipo, engagement e satisfação com o trabalho constituiu-se como a principal motivação para a concretização desta investigação. A presente dissertação teve como objetivo investigar os efeitos da ameaça de estereótipo ligado ao género nos níveis de envolvimento (engagement) e de satisfação dos colaboradores com o trabalho, bem como analisar a relação entre perceções de colaboradores face às experiências e sua satisfação com o trabalho e a organização onde trabalham. Estudar a eventual mediação dos níveis de engagement dos colaboradores na relação entre ameaça de estereótipo ligado ao género e a satisfação face ao trabalho constituiu-se como um objetivo complementar. Uma amostra de 103 participantes empregados, de ambos os géneros e com idade superior a 18 anos, participou neste estudo. Os valores de satisfação com o trabalho e engagement no trabalho obtidos eram elevados, i. e., significativamente superiores ao ponto médio das escalas, sendo que, quando comparamos as dimensões do envolvimento no trabalho se constata que os valores de vigor e dedicação são significativamente superiores ao valor da absorção. Os valores obtidos nas dimensões do engagement, vigor e dedicação, eram significativamente mais elevados do que os da absorção. A influência da ameaça de estereótipo na satisfação, vigor, dedicação e absorção era negativa, tal como esperado, mas não estatisticamente significativo. Não se encontrou um efeito moderador do engagement. No entanto ocorre um efeito de mediação significativo do engagement na relação entre ameaça de estereótipo e satisfação no trabalho, sugerindo que na presença de engagement no trabalho os efeitos da ameaça de estereótipo sobre a satisfação no trabalho tendem a diminuir.Item Efeito de ameaça de estereótipo de género sobre o engagement e satisfação no trabalho(2017) Salomão, Solange Verónica de Sales; Bianchi, Mauro, orient.Poucas pesquisas feitas em âmbito organizacional indicam que a perceção de ameaça de estereótipo tem consequências para o desengagement e a desidentificação com a organização e a satisfação com o trabalho. O presente estudo tem como objetivo de investigar se homens e mulheres diferem nas próprias perceções de ameaça de estereótipos no local do trabalho, nos níveis de engagement e de satisfação com o trabalho, uma vez que, nas organizações, as práticas que desenvolvem as competências dos trabalhadores aumentam e/ou são diretamente relacionadas a satisfação e o engagement dos colaboradores (Savaneviciene e Stankeviciute 2011). Pretende-se também investigar o possível papel mediador do engagement na relação entre ameaça de estereótipo e satisfação no trabalho. Participaram no presente estudo cinquenta e cinco homens e mulheres, trabalhadores com distintas funções de uma empresa pública angolana do ramo do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos. Os resultados mostraram que homens e mulheres não diferem nas perceções de ameaça de estereótipo. Entretanto, o género teve um papel moderador na relação entre ameaça de estereótipo e níveis de engagement, ou seja, para as mulheres existe uma relação significativamente negativa entre ameaça de estereótipo e engagement, e para os homens esta relação não é significativa. Mas, para as mulheres, ao aumentar as perceções de ameaça de estereótipo diminui a satisfação com o trabalho, e esta relação é mediada pelos níveis de engagement. Os resultados foram discutidos tendo em conta a literatura mais recente sobre ameaça de estereótipo.Item Os efeitos da ameaça de estereótipo ligado ao género nas auto-perceções de trabalhadores portugueses e as suas consequências em papéis de liderança(2020) Lopes, Bárbara Filipa Mano; Bianchi, Mauro, orient.Cargos de liderança encontram-se acompanhados pelo estereótipo do que é um líder ideal, encontrando-se associado a caraterísticas como Carisma, Objetividade, Conhecimento, Pragmatismo, etc. Estas caraterísticas, segundo os estudos, têm um maior impacto nas mulheres, visto que as mesmas estão associadas à liderança masculina. O estudo tenta perceber qual o impacto que tem a ameaça de um estereótipo relativo às caraterísticas de um líder ideal, e como é que isto irá influenciar a auto-perceção, assim como, perceber se as pessoas que apresentam um maior nível de ameaça de estereótipo ligada ao género questionam as suas competências, quando envolvidos em papéis de liderança. Pretende-se assim estudar o nível de auto-eficácia percebido como variável mediadora a relação entre ameaça de estereótipo e atribuição de competências de liderança. Os resultados demostraram a existência desta relação mediada pela auto-eficácia, fazendo com que quando a ameaça de estereótipo se apresenta elevada diminuirão os níveis de auto-eficácia, o que por sua vez irá aumentar a discrepância percebida das caraterísticas ligadas à liderança, ou seja, os indivíduos identificam-se menos com caraterísticas que atribuem a um líder ideal.Item Estigma da homossexualidade : perceção de emoções na expressão facial dos outros pelos homossexuais masculinos em comparação com heterossexuais masculinos(2016) Varela, Teresa da Conceição de Almeida; Bianchi, Mauro, orient.Indivíduos estigmatizados fazem um enviesamento na perceção de emoções no rosto dos outros (Inzlicht, Kaiser, & Major, 2008). Neste estudo espera-se que homens homossexuais, em comparação com homens heterossexuais, façam um enviesamento na perceção da expressão de nojo na cara dos outros (Hipótese 1); espera-se que este enviesamento seja moderado pela perceção do estigma da homossexualidade (Hipótese 2) e pela perceção de rejeição interpessoal ligada ao estigma da homossexualidade (Hipótese 3). Para testar estas hipóteses foi construído um instrumento de 20 vídeos com fotos masculinas animadas que mudam progressivamente de emoção. A variável dependente é o tempo de resposta à mudança de emoção nos vídeos. Dois grupos de participantes (homossexuais masculinos e heterossexuais masculinos, grupo de controlo), visualizaram os vídeos, responderam a uma Escala de Perceção de Estigma e a uma Escala de Rejeição Interpessoal relacionada com o Estigma da Homossexualidade. Também foram questionados sobre um conjunto de dados sociodemográficos. Os resultados confirmam um enviesamento numa emoção específica, o nojo. A discussão faz-se à luz da teoria do estigma e perceção de emoções.Item O impacto da identificação organizacional sobre a gestão do stress no local de trabalho(2016) Castiajo, Ana Sílvia Santos da Cruz; Bianchi, Mauro, orient.O presente estudo tem como objetivo investigar a relação entre a identidade organizacional, o stress e sua gestão em contexto de trabalho. Foram aplicados questionários a um total de 85 participantes, sendo que 17 pessoas são do sexo masculino e 66 do feminino. Depois de uma tarefa para manipular os níveis de identificação organizacional, os participantes responderam às seguintes escalas: Identidade Organizacional (Mael & Ashforth, 1992), Coping Organizacional (Alves & Batista, 2010) e Stress no Trabalho (Alves, Chor, Faerstei, Lopes & Werneck, 2004). Não se verificou um efeito da manipulação sobre a identificação, nem sobre as dimensões de coping e sobre as escalas de stress. Contudo, a identificação organizacional correlacionava com estratégias de coping e com as fontes de stress percebido.Item O impacto dos valores organizacionais sobre a gestão do stresse: o papel do apoio social(2015) Fernandes, Rosa Maria Filipe Jerónimo; Bianchi, Mauro, orient.Nesta investigação estudou-se a relação entre valores organizacionais, identidade organizacional, apoio social e stresse em contexto de trabalho. A amostra foi composta por 96 participantes de diferentes organizações do âmbito privado e público, com maior incidência nas áreas da Segurança, Serviços, Ensino, Saúde, Gestão, Engenharia e Banca. Os participantes responderam a um questionário online constituído pelas seguintes escalas: Inventário de Valores Organizacionais (Tamayo, Mendes & Paz, 2000), Escala de Identificação Organizacional (Mael & Asforth, 1992), Escala de Suporte Laboral (Batista, Sisto, Santos, Noronha & Cardoso, 2010), Escala de Stresse de Trabalho (Paschoal & Tamayo, 2004) e Medida de Stresse Psicológico (Lemyre & Tessier, 1988). Os resultados desta investigação permitiram concluir que os valores organizacionais e a identidade organizacional têm influência na gestão do stresse, e que o apoio social e a identidade organizacional se relacionam, já que, quando as pessoas partilham a mesma identidade social encontram-se mais predispostas a sentir apoio social. Mais, quando os participantes sentem mais apoio social percecionam menos stresse. Ainda, o apoio social percebido dentro da organização medeia a relação entre valores organizacionais e stresse.Item Reconhecimento de emoções faciais em contextos intergrupais : um estudo com realidade virtual(2022) Ledo, Mariana Barreto Mota; Bianchi, Mauro, orient.Em psicologia social muito se tem estudado sobre os estereótipos sociais, principalmente no que diz respeito à etnia e ao sexo. Devido à importância deste assunto e à crescente identificação de comportamentos que podem desencadear atitudes de preconceito em relação aos outros, o presente estudo analisa a identificação de emoções em rostos de avatares de diferentes sexos e etnias. Utilizando a realidade virtual, o estudo foi realizado com participantes femininas, mulheres brancas, estudantes da Universidade Lusófona, que responderam sobre a sua percepção de expressões faciais de avatares negros, brancos, masculinos e femininos através de um ambiente em realidade virtual. A amostra deste estudo foi de40 indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e os 40 anos, sendo na sua maioria de nacionalidade portuguesa, raça branca, sexo feminino, estudantes universitárias, licenciadas e trabalhadoras-estudantes. Os resultados demonstram a hipótese de enviesamento para uma mais rápida deteção de rostos ameaçadores do que alegres. Com relação à expressão de felicidade, as participantes são mais rápidas em detectar esta emoção em avatares brancos independente do sexo. No que diz respeito ao medo, as participantes são mais rápidas em detectar essa emoção em avatares masculinos do que femininos, independente da etnia. Com a emoção raiva, as participantes detectaram mais rápido em rostos de avatares masculinos brancos do que negros, esta mesma emoção foi maior detectada em avatares femininos negros do que brancos.Item Redução do preconceito por via do contacto indireto em contexto virtual : uma meta-análise(2022) Baptista, Andrea Nvuama Ceita de Nogueira; Bianchi, Mauro, orient.Objetivo: a presente investigação, tem como intuito realizar uma meta-an lise so re o estado da arte das intervenções virtuais que têm vindo a contribuir para a redução do preconceito e consequentemente melhorem as relações intergrupais. Valor/originalidade: esta meta-análise para além de apresentar um elevado impacto nas demais sociedades, contribui de igual forma para a comunidade científica, provendo informações adicionais no que se refere aos tipos de intervenções digitais e/ou virtuais que possam ter um impacto na redução do preconceito. Design/metodologia / abordagem: ara a operacionaliza o da meta-an lise foi elaborada uma revisão sistemática da literatura utilizando as ases de dados cademic earch omplete da V da Universidade Lusófona, oogle cad mico, EBSCO APA PsychInfo e Web of Science. Os termos de pesquisa utilizados foram (prejudice or “intergroup ias”) D (virtual or digital or app). Da qual resultou uma compilação de 208 artigos (entre 2003 e 2021). Para além disso, os resultados dos artigos incluídos (n=52) foram meta-analisados através da metodologia robust variance estimation. Descobertas: Verificou-se que: o contacto intergrupal virtual ,no geral, tem um efeito negativo no preconceito (i.e., reduz o nível de preconceito); o moderador contacto virtual direto, apresentou resultados significativos e mais fortes em comparação com os contactos vicário, extended, embodied e imaginado; e por fim os estudos onde ocorreram contactos por interação virtual demonstram efeitos significativos e mais robustos em comparação com os que não utilizaram a interação (i.e., contacto virtual por observação). Resultados/Implicações/ Estudos futuros: Tendo em conta as limitações detetadas nesta meta análise sugeriu-se a elaboração de novos estudos. Para além disso, os resultados relacionados com o contacto virtual intergrupal, no geral, tiveram um impacto significativo na redução do preconceito levando a implicações práticas.