Revista Lusófona de Educação n.º 31 (2016)
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Item Da práxis de-colonial e intercultural no ensino superior indígena : andante ma non troppo : Andante ma non troppo(Edições Universitárias Lusófonas, 2015) Guilherme, Manuela; Lourenço, Filipa; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoThis article starts with a theoretical discussion about the local, national and global demands towards higher education institutions in current times as a backdrop for the introduction of the epistemological and ontological challenges undertaken by the recently created indigenous intercultural universities in Latin America. The calls for internationalization and transnationalization addressed to higher education institutions by national governments, transnational organizations and above all by the global academic context itself does not allow them to ignore intercultural experiments and innovations being carried out anywhere in the globe. As a result of the paradox between hegemonic globalization and the increasing visibility of outcast groups in higher education, university management needs to tackle enormous challenges, both with regard to curriculum development and to the coordination of extension/research activities, in order to meet the expectations of an increasingly diverse and mobile societies. The text also focuses on disregarded ontological and epistemological perspectives that university knowledge must consider, translate and compare/contrast in order to endorse the search for an “ecology of knowledges” which we believe may come to inspire the future of the academic world. Finally, this article provides some examples selected both from a political foundational document, the Constitution of the Plurinational State of Bolivia, and from an account of an academic experiential praxis carried out by a higher education institution there, with the involvement of a local indigenous community.Item Da universidade à pluriversidade : Reflexões sobre o presente e o futuro do ensino superior(Edições Universitárias Lusófonas, 2016) Santos, Boaventura de Sousa; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoBoaventura de Sousa Santos é Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Distinguished Legal Scholar da Universidade de Wisconsin- Madison. É Director do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa. Dirige actualmente o projecto de investigação ALICE - Espelhos estranhos, lições imprevistas: Definindo para a Europa um novo modo de partilhar as experiências do mundo (2011-16), um projeto financiado pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC), o mais prestigiado e competitivo financiamento europeu para a investigação científica de excelência. O projeto ALICE visa repensar e renovar o conhecimento científico-social à luz das Epistemologias do Sul, propostas por BSS, com o objetivo de desenvolver novos paradigmas teóricos e políticos de transformação social (http://alice.ces.uc.pt/ ). É autor de uma vasta obra, da qual salientamos para o interesse desta entrevista: (2014), Epistemologies of the South. Justice against Epistemicide. Boulder - London: Paradigm Publishers. (2013), Pela mão de Alice. O social e o político na pós-modernidade - 9ª edição revista e aumentada. Coimbra: Edições Almedina. Santos, B. S. & Chaui, M. (2013), Direitos humanos, democracia e desenvolvimento. São Paulo: Cortez Editora. (2010), Refundación del Estado en América Latina. Perspectivas desde una epistemología del Sur. Buenos Aires: Editorial Antropofagia. (2009) (org.), As Vozes do Mundo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. Santos, B. S. & Filho, N. de Almeida (2008), A Universidade no Século XXI. Para uma Universidade Nova.. Coimbra: Edições Almedina. (2007) (org.), Another Knowledge is Possible. Beyond Northern Epistemologies. Londres: Verso. (2007) (org.), Cognitive Justice in a Global World: Prudent Knowledge for a Decent Life. Lanham: Lexington.Item Del fogón a la ''Chagra'' : Mujeres, liderazgo y educación intercultural en la Amazonía colombiana y en la Sierra Nevada de Santa Marta(Edições Universitárias Lusófonas, 2016) Santamaria, Angela; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoAtravés da metodologia de trajetórias de vida de quatro mulheres colombianas indígenas que procurase caracterizar as experiências de educação superior intercultural na Amazónia colombiana e da Serra Nevada de Santa Marta, no Caribe colombiano. Ao reconstruir-se a vida dessas mulheres pode-se ver os sucessos e êxitos concretos, mas também as dificuldades para entender a reprodução das relações de dominação, as rupturas face ao poder masculino e as linhas de ação de mulheres líderes indígenas que dentro ou fora das suas comunidades trabalham para mudanças dos papéis de género e para o acesso ao ensino superior das mulheres indígenas. Neste sentido, o artigo mostra as experiências emergentes de educação superior intercultural, e suas características em territórios indígenas como a Amazónia e a Serra Nevada de Santa Marta, e o papel das mulheres indígenas. Face ao exposto, foram levantadas neste artigo as seguintes questões: Quais são as experiências emergentes de educação superior intercultural na Colômbia? Quais são as características do processo de educação intercultural na Amazónia e na SNSM, e qual tem sido o papel das mulheres nessas experiências? O artigo mostra resultados muito interessantes, mas ainda processos incipientes de educação das mulheres indígenas na Colômbia.Item Do comprometimento organizacional, à satisfação com o trabalho e às estratégias comportamentais : inferências sobre os dois subsistemas do ensino superior público em Portugal(Edições Universitárias Lusófonas, 2016) Sabino, Ana Nascimento; Lopes, Albino; Nogueira, Fernanda; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoO sistema educativo superior português, caracterizado pela sua natureza binária, tem sofrido inúmeras alterações, nomeadamente em 2009, quer ao nível da sua natureza, como da organização das carreiras docentes e funções associadas. O sentido das reformas é o da aproximação entre o ensino universitário público (EUP) e o ensino politécnico público (EPP). Não basta, porém, acentuar as mudanças por decreto. Importa ter igualmente em conta factores determinantes para a sua competitividade. Destaca-se, a emergência do comprometimento organizacional, da satisfação com o trabalho e das estratégias comportamentais. Objetivo: Foi nosso objetivo verificar se existem diferenças entre dos dois subsistemas de ensino nos três constructos em análise. Métodos: Com recurso a uma metodologia quantitativa foram utilizadas diferentes abordagens estatísticas, tais como testes de hipóteses e a análise multigrupos. Resultados: Numa amostra composta por 756 profissionais, docentes e não docentes, do ensino superior público português, não se verificaram diferenças estatisticamente significativas nos três constructos em análise, por parte dos colaboradores EUP e EPP. Conclusão: Os resultados revelaram uma tendência de aproximação entre os dois subsistemas emergindo, assim, um conjunto de desafios a vários níveis a estas instituições nomeadamente em relação ao seu posicionamento societal bem como aos deveres, responsabilidades e direitos dos profissionais que as compõem.Item Educação superior indígena no Brasil : releituras e perspectivas(Edições Universitárias Lusófonas, 2016) Fernandes, Manuel José Pina; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoCom este texto procuramos fazer uma releitura do percurso da educação superior indígena no Brasil e perspectivar ações necessárias ao seu desenvolvimento a partir das propostas que têm orientado as políticas e as práticas desse nível de educação. O principal objetivo, contudo, é contribuir afirmativamente para discussão da ampliação da oferta de Educação Superior a uma parcela da população brasileira que por muito tempo ficou alijada desse direito. A metodologia utilizada teve como embasamento a pesquisa documental e a revisão bibliográfica. Esta metodologia permite uma leitura contextualizada da situação vivenciada, considerado o dinamismo que a área educacional protagoniza. Para uma maior compreensão da atualidade educacional em nível superior proporcionada às populações autóctones, este estudo buscou estabelecer ligações entre aquilo que denominamos de “educação indígena” – incluída por nós na categoria de educação informal e por imitação – e a prática de educação superior inicialmente estruturada para atender a um extrato reduzido da população nacional, produtor de práticas e conceitos assaz diferentes daquela população indígena. Ao final do texto as nossas considerações sublinham os pequenos resultados obtidos com estas atividades educativas dirigidas para a educação superior dos povos indígenas, apesar de ações afirmativas que são produzidos.Item European and Latin American Higher Education Between Mirrors : Designing possible futures(Edições Universitárias Lusófonas, 2016) Teodoro, António; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoEste artigo discute algumas das análises e propostas apresentadas por uma vasta rede de investigadores europeus e latino-americanos, que desenvolveram um amplo programa de I&D sobre equidade e coesão social nas instituições de educação superior, entre 2011 e 2013. O impacto da expansão e diversificação do ensino superior foi sentido e questionado de modo diferente nos vários países, em função da sua história e lugar no sistema mundial, da organização dos seus sistemas de educação, ou da sua capacidade para reagir e mobilizar recursos para implementar políticas relevantes. O artigo tem a Europa e a América Latina como locus privilegiado de análise, mas reconhece-se que muitos dos problemas e análises descritas fazem parte de uma agenda global. Assume-se que o neoliberalismo falhou como modelo de desenvolvimento económico, mas reconhece-se que, como política de cultura, está (ainda) em franca afirmação, derivado de se ter transformado num senso comum que molda as ações dos governos e dos policy makers. A Universidade, assim como as políticas de ensino superior, pode ter um outro sentido e dar um importante contributo para a construção de sociedades justas, capazes de unir a luta pela igualdade e o respeito pela diferença. Esse é o sentido das nove propostas para uma universidade cidadã radicalmente democrática com que o artigo termina.Item Hacia una interversidad de saberes : Universidad e interculturalidad(Edições Universitárias Lusófonas, 2016) Estermann, Josef; Tavares, Manuel; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoA instituição universitária afirmou-se, ao longo da história, como um dos polos de propagação dos valores ocidentais e da ivilização europeia e ocidental. A construção do modelo universitário na América Latina seguiu os fundamentos, principios e objetivos das universidades europeias, funcionando, históricamente como o sustentáculo da civilização occidental-cristã. O proceso de descolonização mental e intelectual manifestauma concepção monocultural e eurocêntrica da universidade, quer na sua estrutura quer no modelo de saber que transmite. Neste sentido, a diversidade cultural existente nos países da América Latina exige a construção de um outro modelo de Universidade que dê conta dessa diversidade epistemológica e contribua para a concretização de uma justiça histórica e cognitiva pela inclusão das culturas e povos que foram silenciados e oprimidos pelos diversos procesos de colonização. Deverá ser, não uma universidade, mas uma “interversidade” que supere o monoculturalismo académico.Item How Intercultural is an ''Intercultural University''? Some lessons from Veracruz, Mexico(Edições Universitárias Lusófonas, 2016) Mateos Cortés, Laura Selene; Dietz, Gunther; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoDesde o princípio do século que começou a aparecer uma nova figura institucional no cenário do ensino superior no México: a chamada “universidade intercultural”. Aquilo que foi, de início, apresentado e concebido apenas como um novo elo na cadeia composta pelo pré-escolar, primário e adicionalmente também pós-primário “com uma abordagem intercultural e bilíngue”, criada nas e para as regiões indígenas e multilíngues do México, começa agora a mostrar características de um subsistema universitário destinado a oferecer uma formação académica que seja culturalmente relevante para os estudantes que se apresentam como diversos e diferentes em termos étnicos, lingüísticos e culturais. Na prática, esta nova oferta educativa procura responder a estudantes de regiões indígenas que tenham sido excluídos da educação superior formal e que, só recentemente, têm tido acesso à educação básica completa e também acesso gradual à educação secundária superior. Com este contributo, faremos um breve resumo das tendencias gerais que caracterizam este subsistema educativo emergente, antes de dar, como exemplo, um estudo de caso que resulta de uma etnografía colaborativa que estamos a realizar com uma das universidades interculturais, a Universidad Veracruzana Intercultural (UVI), de modo a poder por fim tirar algumas conclusões sobre o alegado carácter “intercultural” desta nova instituição de educação.Item Movimentos sociais e universidade popular : tensões e perspectivas nas relações entre comunidade e academia(Edições Universitárias Lusófonas, 2016) Romão, José Eustáquio; Benincá, Dirceu; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoEste artigo tem como tema as relações entre movimentos sociais populares e a criação, instalação e consolidação de uma universidade em uma região desassistida desse equipamento público. Analisa, com base em dados empíricos, o caso dos movimentos sociais que se desenvolveram no Norte do Rio Grande do Sul, Oeste de Santa Catarina e Sudoeste do Paraná, e que se uniram no “Movimento Pró-Universidade Federal”, para a criação e implantação da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFSS) na Mesorregião Grande Fronteira do Mercosul. A partir de entrevistas com lideranças de movimentos sociais e com dirigentes da universidade em questão e com base em referenciais teóricos da pedagogia crítica, indaga-se se a universidade em tela está se construindo, verdadeiramente, como popular, reinventando essa instituição quase milenar no Ocidente, ou se está se descaracterizando pela tentação das concessões aos modelos clássicos de universidade, aos quais, inicialmente, pretendia ser uma alternativa.Item Universidades interculturales e indígenas en México : desafíos académicos e institucionales(Edições Universitárias Lusófonas, 2016) Navarrete Cazales, Zaira; Alcántara Santuario, Armando; Faculdade de Ciências Sociais, Educação e AdministraçãoNeste artigo, discutem-se as normas legais estabelecidas para que a educação seja inclusiva e includente no Estado mexicano, especialmente, no que diz respeito às políticas voltadas para a educação superior. Posteriormente, abordamos a questão das universidades indígenas e interculturais no México, que foram criadas como uma forma de considerar a comunidade indígena como sujeito de intervenção. O Programa Nacional de Desenvolvimento dos Povos Indígenas 2001-2006 foi estabelecido como uma ação estratégica para transformar instituições, realocar funções, aperfeiçoar o seu desempenho e criar espaços institucionais para tornar o atendimento aos povos indígenas mais efetivo. Até este momento, existem nove instituições de ensino superior com orientação intercultural. A base empírica deste trabalho é constituído por um conjunto de documentos que regulamentam e instituem diretrizes para ações de inclusão e equidade visando a coesão social no México. Este texto é o resultado de uma pesquisa mais ampla que faz parte do “Programa-Marco Interuniversitário de Política de Igualdade e Coesão Social na Educação Superior”, como parte do trabalho da Rede Iberoamericana de Investigação em Políticas Educativas (RIAIPE).