Mestrado em Riscos e Violência(s) nas Sociedades Atuais: Análise e Intervenção Social
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Percorrer Mestrado em Riscos e Violência(s) nas Sociedades Atuais: Análise e Intervenção Social por autor "Gameiro, Fátima, orient."
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Item Bullying juvenil entre pares em Saurimo-Angola(2016) Garreth, Carolina Chitambala; Gameiro, Fátima, orient.Esta investigação teve como objectivo estudar a prevalência do bullying na Província de Saurimo-Angola, mais especificamente determinar os intervenientes nas situações de bullying; identificar os tipos de bullying a que a vítima foi sujeita; identificar os tipos de bullying praticados pelos agressores; determinar se existem testemunhas de bullying activos e/ou passivos, bem como, identificar os locais de ocorrência identificados pela vítima e pelo agressor e caracterizar agressores e vítimas de bullying quanto ao género. A amostra foi constituída por 225 jovens com idades compreendidas entre os 10 e mais de 14 anos, estudantes do 5º e 6º ano de escolaridade. O instrumento utilizado foi o questionário de auto relato de bullying do Olweus, adaptado à realidade angolana. Da análise dos resultados, verificou-se que 81% dos participantes já foram testemunhas de comportamentos de bullying, 76,9% vítimas e 57,3% agressores. A maior parte das testemunhas percepcionam-se como activas e referem que tentaram ajudar. As vítimas relatam que foram maioritariamente alvo de agressão física e o local prevalente foi o recreio. Os agressores, promoveram mais agressão física e o local prevalente foi o recreio. Ao analisar o género, verificou-se que a maioria das vítimas eram rapazes e dos agressores raparigas. As vítimas de género feminino foram maioritariamente alvo de fofocas e as agressoras utilizaram mais vezes o desprezo. Esta investigação revela-se significativa por disponibilizar dados concretos relativos à prática de bullying em Saurimo-Angola, por forma a poderem ser desenvolvidos projectos preventivos e interventivos junto da comunidade escolar.Item Caraterização de crianças e jovens em risco com processo de promoção e proteção(2022) Felizardo, Beatriz Filipa Rodrigues; Gameiro, Fátima, orient.Com o aparecimento da pandemia por Covid-19, mesmo com a menor visibilidade e a crescente complexidade no acesso às crianças/jovens, famílias e pessoas de referência na comunidade, verificou-se em 2020, comparativamente a 2019, um aumento de 7,6% da violência doméstica com reporte às Comissões de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo (CPCJ). Esta investigação tem como objetivos caracterizar as crianças/jovens com processo de promoção e proteção em CPCJ entre os anos 2019-2020 e comparar a tipologia de maus tratos e as medidas de promoção e proteção aplicadas nos períodos pré e pandémico. O método utilizado foi a análise documental. A amostra foi constituída por 335 processos de crianças/jovens que se encontravam a ser acompanhadas por uma CPCJ (155 no ano de 2019 e 180 em 2020). Da análise dos processos, conclui-se que nos dois anos o tipo de mau trato mais frequente foi “exposição a comportamentos que possam afetar o bem-estar e desenvolvimento da criança”, no sexo masculino. No ano de 2019 as idades mais prevalentes foram entre os 11 e os 14 anos e em 2020 entre os 15 aos 21 anos. Ao nível da saúde física, nos dois anos, o problema mais frequente foi reações alérgicas e ao nível da saúde psicológica a regressão e infantilidade. Quanto ao percurso escolar, de um ano para o outro, o número de vítimas diminuiu mas o de agressores aumentou, aumentou a evasão escolar e a necessidade de apoio escolar. Quanto à organização psicossocial, nos dois anos a passividade/ agressividade e o consumo aditivo foram recorrentes, aumentando em 2020. A prática de desporto e integração em atividades lúdicas, apesar de escassa, aumentou em 2020. A maioria das crianças/jovens tiveram acompanhamento técnico e médico de família e estavam integrados em famílias bi-parentais (muitas em situação de desemprego, com RSI, a residir em casas/apartamentos arrendados, com aumento de 2019 para 2020 e muitos dos cuidadores com o 4º ano do 1º ciclo). Relativamente às medidas de apoio aplicadas, a mais prevalente nos dois anos foi o apoio junto dos pais. O apoio mais recorrente por parte da CPCJ foi o apoio psicológico e o encaminhamento foi para atividades extracurriculares, ambos mais utilizados em 2020. Palavras-chave: Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo; Tipologia de Mau-trato; Medida de Promoção e Proteção; Perfil das Crianças/Jovens; Perfil do agregado familiar.Item Competências dos assistentes sociais na intervenção com pessoas com deficiência vítimas de violência doméstica(2023) Pereira, Ana Catarina Baptista; Gameiro, Fátima, orient.A violência doméstica praticada contra a pessoa com deficiência ou incapacidade é um fenómeno social de grande complexidade que não pode ser tratado de forma superficial, seja por parte daqueles que intervêm tecnicamente, seja por parte das vítimas e agressores, pois trata-se da vida real de muitos indivíduos. Este estudo tem como objetivo conhecer a perceção dos assistentes sociais relativamente às competências necessárias para a intervenção com indivíduos com deficiência. O método utilizado para traçar o perfil do assistente social que desenvolve atividade na área da deficiência foi o de Delphi, sustentado no modelo de competências de Le Boterf (os saberes; os saberes-fazer e os saberes ser/agir). A amostra é composta por 25 especialistas da área do serviço social que trabalham diretamente com pessoas com deficiência. Como resultados, verificou-se que os técnicos especialistas identificam 94 competências necessárias para a intervenção com indivíduos com deficiência vítimas de violência doméstica, 24 relativas aos saberes (sete teóricos, quatro do meio e 13 procedimentais), 36 competências respeitantes aos saberes-fazer (15 formalizados, sete empíricos, 10 relacionais e quatro cognitivos) e 34 competências relativas aos saberes ser/agir (12 aptidões e/ou qualidades, 10 recursos fisiológicos e 10 recursos emocionais). O maior número de competências elencadas foram relativas aos saberes-fazer, depois os saberes ser/agir e por fim os saberes. Relativamente à significância atribuída, em primeiro lugar surgem os saberes-fazer (mais os saberes relacionais, depois os cognitivos, formalizados e empíricos respetivamente), depois os saberes (os saberes do meio e depois os teóricos e os procedimentais respetivamente) e por último os saberes-ser (aptidões e/ou qualidades, depois recursos fisiológicos e recursos emocionais, respetivamente). Como conclusão, foi possível estabelecer um perfil de 94 competências necessárias para a intervenção com indivíduos com deficiência vítimas de violência doméstica, sendo, de acordo com a perspetiva dos técnicos especialistas, as mais significativas os saberes do meio, os saberes relacionais e as aptidões e/ou qualidades.Item Doença mental e violência intrafamiliar : fatores de risco e de proteção(2022) Lourenço, Mariana Ribeiro; Gameiro, Fátima, orient.Verificam-se na literatura perspetivas díspares relativamente à dinâmica dos indivíduos com doença mental no contexto familiar, em termos de papéis de vítima e/ou agressor/a, perceção de agressividade e fatores de risco e de proteção. Para conhecer esta realidade, desenvolveu se uma investigação com o objetivo de identificar, nos indivíduos com diagnóstico de doença mental, papéis de vítima e/ou agressor no contexto intrafamiliar, conhecer a perceção da agressividade destes indivíduos e conhecer os fatores de risco e proteção que estes indivíduos, com e sem integração em resposta social, identificam. A amostra foi constituída por vinte e seis indivíduos com diagnóstico de doença mental, oito com esquizofrenia, nove com perturbação de humor e nove com doença bipolar, com uma média de idade de 54,8 anos, dos quais doze são mulheres e catorze homens, dez encontram-se integrados em contexto institucional. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e aplicado o questionário de agressividade de Buss e Perry, com base em dimensões alinhadas aos objetivos da investigação e tendo em consideração todas as dimensões éticas. A recolha dos dados foi realizada através da plataforma ZOOM, contacto telefónico e presencialmente. Como resultados, relativamente à perceção de papéis de vítima e/ou agressor, verificou-se que 61,5% dos indivíduos que constituem a amostra vivenciaram episódios de violência intrafamiliar, destes onze como vítimas (42%), dois como agressoras (7,69%) e três como vítimas-agressoras (11,53%). A maior prevalência de vítimas e agressoras identifica-se na perturbação de humor e em pessoas que não se encontram integradas em resposta social. No que respeita à perceção de agressividade, o valor médio de agressividade reportada pelos 26 indivíduos foi 76,23 (mulheres, 79 e homens, 73,8) o que demonstra valores dentro dos valores normativos para a população portuguesa. No que concerne aos fatores de proteção individuais, verifica-se prevalência de toma de psicofármacos (n=19), proatividade (n=19) e capacidades cognitivas (n=17), considera-se o isolamento social (n=15) e a situação socioeconómica vulnerável (n=14) como fatores de risco individuais. Quanto a fatores protetores familiares, prevalecem a existência de família alargada (n=15) e a existência de suporte familiar (n=11), paralelamente, a desestruturação familiar (n=18), os conflitos familiares (n=14) e a existência de violência física contra o próprio (n=11) revelam-se como fatores de risco a nível familiar. Em contexto comunitário, prevalecem os fatores de risco, tais como, a ausência de rede de suporte social (n=24), de locais de referência na comunidade (n=13) e de grupos formais de pares (n=10). A nível institucional, identificaram como fatores protetores a existência de técnicos gestores (n=26), frequência em resposta social (n=12) e permanência em resposta social (n=10), como fatores de risco, 15 pessoas identificaram ausência de projeto. Assim, conclui-se que indivíduos com doenças mentais mais do que perpetradores tendem a ser vítimas de violência.Item O efeito da arte e do desporto na dinâmica afetiva e comportamental de crianças e jovens com medida de acolhimento(2022) Ros, Simone Chaves; Gameiro, Fátima, orient.No âmbito da promoção de competências pessoais, relacionais e sociais, a Casa de Acolhimento da Santa Casa da Misericórdia de Santarém, Unidades Residenciais, Primeiro Passo e Lar dos Rapazes encontram-se a desenvolver o projeto D’AR-TE, que contempla a promoção bissemanal do desporto e das artes. Esta investigação tem como objetivo analisar o efeito da participação no projeto na dinâmica fisiológica, afetiva e comportamental de crianças e jovens em perigo com medida de acolhimento residencial participantes nas oficinas do projeto. A investigação foi desenvolvida a partir do contacto direto com 16 rapazes, com idades compreendidas entre os 6 e os 20 anos, dividida em encontros grupais e individuais. Foram aplicadas, no início e 7 meses depois, a Escala de Comportamentos Assertivos para crianças (CABS), o Questionário de Agressividade (AQ), as Escalas de Medida de Perceção do Suporte Social dos Amigos (PSS-Am) e da Família (PSS-Fam), a Escala de Autoconceito de Piers- Harris (PHCSCS-2) e a Escala de Autoestima de Rosenberg (RSES). Foi também implementado, no primeiro e no sétimo mês do D’AR-TE, uma Grelha de Observação de Comportamentos Agressivos (GOCA), com o objetivo de registar os comportamentos dos indivíduos ao longo da intervenção. Os resultados evidenciaram alterações estatisticamente significativas na diminuição de comportamentos agressivos e no aumento da autoestima, após a participação nas oficinas de Artes e Desporto do projeto D’AR-TE. Em relação à perceção de assertividade e de agressividade, ao autoconceito, à perceção de suporte social dos pares e familiares e aos níveis de cortisol, apesar de na maior parte das dimensões avaliadas os resultados serem positivos, não se revelaram ainda melhorias estatisticamente significativas. Conclui-se que os sete meses de participação no D’AR-TE já revelou efeitos positivos, potenciando a autoestima e a diminuição de comportamentos agressivos das crianças e jovens. Palavras-chave: D’AR-TE; Arte; Desporto; Autoconceito; Autoestima; Perceção Social; Violência; Cortisol; Crianças e Jovens; Acolhimento Residencial.Item Fatores de risco nos jovens para o consumo de cannabis: o papel do assistente social(2021) Ferreira, Joana Cordeiro das Neves; Gameiro, Fátima, orient.Os efeitos nefastos, de ordem holística, do consumo de cannabis são largamente reportados na literatura e manifestam-se a curto, a médio e longo prazo. A curto-prazo os efeitos mais comuns decorrentes de uma intoxicação, são as perturbações ao nível das emoções, dos comportamentos, de cognição e da consciência. O longo-prazo pode estar associado a uma multiplicidade de condições, que abrangem a dependência, perturbações psiquiátricas, disfunção cognitiva, doenças cardiovasculares, doença pulmonar obstrutiva crónica e cancro de pulmão (Barrona, 2017). Para conhecer a tomada de decisão relativamente ao consumo é preciso conhecer as interações entre as singularidades de cada usuário e o meio sociocultural em que vive. Este estudo tem como objetivo conhecer os fatores de risco individuais e sociais que levam os estudantes universitários, entre os 18 e os 25 anos, a consumir canabinoides e, ainda, conhecer a sua perceção relativamente à importância atribuída ao técnico superior de serviço social nas escolas. A amostra é constituída por 243 estudantes universitários, sendo que 179 dos mesmos já consumiram cannabis. A técnica utilizada para a recolha de dados foi o inquérito por questionário através do Google Forms. Concluiu-se que a perceção dos inquiridos relativamente às principais motivações para consumir cannabis passa pela procura de desinibição, pela busca de prazer e pela diversão com os seus pares, e que o consumo ocorre com maior frequência nas saídas à noite com os amigos. No que concerne aos fatores de risco, verificaram-se na dinâmica individual, a inconstância ao nível do autocontrolo, a dificuldade de decisão no imediato e as dificuldades de concentração, na dinâmica familiar, as expetativas elevadas por parte dos familiares em relação a si, na dimensão do grupo de pares, o consumo de tabaco, o abuso de álcool, o facto da maioria dos pares experimentarem droga e de alguns fumarem cannabis, no domínio escolar, a reduzida manifestação de interesse por parte dos professores em apoiar os estudantes e uma perceção de relação entre alunos e professores fragilizada, quanto à comunidade, foi identificado o fácil acesso a substâncias ilícitas. A maioria dos inquiridos reporta a importância dos assistentes sociais nas escolas secundárias e apontam como principais competências, apoiar os alunos nas suas dificuldades sociais e motivar para comportamentos adaptados.Item O perfil do Assistente Social enquanto técnico gestor de processo de habitação social : um agente na promoção(2023) Gabriel, Tânia Margarida Pereira; Gameiro, Fátima, orient.O Assistente Social (AS), apesar do avanço teórico sobre Serviço Social (SS), ainda não tem lugar na definição, execução e avaliação das políticas sociais. Esta investigação tem como objetivos caraterizar o papel do AS na área de habitação social e definir o perfil (saberes saber, saberes-fazer e os saberes-agir/ser) do AS, como técnico gestor de processo de habitação social. O método Delphi foi aplicado, em duas fases, a uma amostra de 21 especialistas. Como resultados, verifica-se que o AS, como gestor de processo de habitação social, se revê no modelo de gestor de caso, intervindo com uma abordagem colaborativa e são validadas 12 competências dos saberes-saber, 26 dos saberes-fazer e 16 dos saberes agir/ser, que sintetiza num perfil profissional de 53 competências profissionais. Apesar da evidência numérica dos saberes-fazer, os saberes-agir/ser têm maior relevância junto dos especialistas. Conclui-se que se contribuiu para a afirmação do AS, enquanto profissão, em particular na área da habitação, como profissional de relevo na defesa de um direito constitucional e para a discussão quanto à participação do AS na conceção, implementação e avaliação de políticas sociais. Palavras-chave: Assistente Social; Perfil de Competências; Habitação Social.Item A prática de judo em crianças e jovens em acolhimento residencial(2022) Jorge, Rogério Paulo Santos; Gameiro, Fátima, orient.As artes marciais tornaram-se uma atividade popular para os jovens pelo mundo inteiro e mais recentemente têm havido esforços para introduzir este desporto em contextos educacionais e de reabilitação. Esta dissertação é um estudo longitudinal, com início e três meses depois da integração no projeto D’AR-TE, que teve como objetivos avaliar a relação entre prática de judo, atitudes empáticas e comportamentos agressivos nas crianças e jovens em acolhimento residencial e conhecer a perceção das crianças e jovens relativamente à prática de judo, as suas repercussões ao nível das atitudes empáticas e dos comportamentos agressivos. A amostra foi constituída por 4 crianças e 10 jovens do sexo masculino, que integram duas respostas residenciais de uma Casa de Acolhimento. Para a execução dos objetivos utilizou-se uma metodologia mista. Como instrumentos foram utilizados o Questionnaire to Assess Affective and Cognitive Empathy in Children, uma grelha de observação dos comportamentos de agressão e uma entrevista semiestruturada. Embora não se tenham observado diferenças estatisticamente significativas após três meses da prática de judo ao nível da empatia, verificou-se uma redução significativa das agressões físicas nas crianças e jovens em acolhimento residencial e a presença de perceções positivas por parte das crianças e jovens relativamente à influência da prática da modalidade ao nível da mudança comportamental e das atitudes empáticas. Perante os resultados observados, pode-se considerar a prática de judo como uma ferramenta útil na diminuição dos comportamentos de agressão nas crianças e jovens com medida de acolhimento residencial.Item Reaprender a confiar : o perfil de competências do assistente social em contexto de acolhimento residencial(2020) Florêncio, Micaela Paulo; Gameiro, Fátima, orient.Os profissionais que trabalham na área da infância e juventude, mais especificamente no acolhimento residencial, devem reger-se por um conjunto de boas práticas, sendo estas essenciais porque o trabalho desenvolvido com esta população exige além da formação base, uma especialização e contínua na área. Da pesquisa efetuada não existe uma identificação, nem nacional nem internacionalmente, das competências que devem reger a sua formação/intervenção. O universo da investigação são os especialistas assistentes sociais que intervêm com crianças e jovens com medida de acolhimento residencial em Portugal, quer continental quer arquipélagos. A amostra é de 37 especialistas, licenciados em Serviço Social. Foram definidos como objetivos conhecer as competências que se conferem como necessárias aos assistentes sociais para a intervenção com crianças e jovens com medida de acolhimento residencial de acordo com as categorias (os saberes; os saberes-fazer e os saberes ser/agir) do modelo teórico de Le Boterf (2003). Foi utilizada a metodologia quali-quantitativa recorrendo ao método Delphi. Com a análise de conteúdos e dos dados estatísticos recolhidos nos inquéritos por questionário, delimitou-se, após um grau de concordância entre os especialistas, um perfil final de competências necessárias ao assistente social para realizar uma intervenção eficiente com as crianças e jovens com medida de acolhimento residencial.Item Violência entre pares no contexto escolar (bullying) – estudo comparativo(2015) Reis, Sandy Pacheco dos; Gameiro, Fátima, orient.A presente dissertação pretende compreender a violência entre pares no contexto escolar, mais precisamente os comportamentos de bullying por parte de oito agressores, sendo um estudo comparativo, realizado em duas escolas da Região Autónoma da Madeira, uma escola do norte da ilha, zona rural, e uma escola do sul da ilha, zona urbana. A investigação assenta numa metodologia qualitativa, centrada na vivência singular do sujeito e no significado da sua narrativa. Tem como objetivo geral conhecer se existem diferenças na violência/bullying entre pares, por parte dos agressores, entre uma escola no meio rural e uma escola no meio urbano, e como objetivos específicos, identificar os fatores predisponentes da violência/bullying (ao nível individual, contexto escolar e contexto sociofamiliar) entre pares no contexto escolar; conhecer a violência/bullying utilizada entre pares em contexto escolar; identificar as diferenças entre os agressores da escola do meio rural e do meio urbano; e identificar as diferenças de género entre agressores da escola do meio rural e do meio urbano. Os entrevistados são oito alunos agressores, quatro de cada escola, dividindo-se por número igual entre raparigas e rapazes, que frequentam o 3º ciclo do ensino básico. Os alunos da escola rural caracterizam-se por apresentar um maior índice de autoestima, mais comportamentos de risco, um número superior de reprovações, utilizam maioritariamente o bullying verbal e físico em sala de aula, quando estão acompanhados, para com os alunos mais novos ou da mesma idade. Os alunos da escola urbana caracterizam-se por apresentarem conflitos para com os colegas, desentendimentos para com as figuras de autoridade escolar e discussões com as figuras parentais, utilizam maioritariamente o bullying verbal no pátio, quer estejam sós ou acompanhados, para com alunos mais novos e mais velhos.